De: José Ferraz Alves - "Port(ugal) a minha primeira escolha"

Submetido por taf em Segunda, 2009-06-08 22:29

O que um filme, “Star Crossed – Amor em Jogo” e outros que se seguem – D. António e Zé do Telhado -, poderá trazer para o desenvolvimento de uma região e de um país?

Do meu ponto de vista, muito. E permitam-me não estarmos sempre a falar sobre questões, também importantes, mas muito pesadas, como o metro do Porto, o Parque da Cidade, a reabilitação da Baixa, o Aeroporto, a Av. dos Aliados, etc.. Os muitos incorpóreos filmes e romances também têm o seu lugar, muitas vezes como verdadeiros aglutinadores de peças que estão demasiado soltas.

Querem ver a magia de saber reunir peças soltas num todo coerente? Neste caso, cinco ou seis nacionalidades diferentes desenvolvem um projecto universal a partir de uma cidade que tem estado muito longe de tudo (Porto) e reúnem-se numa história banal e imortal (Romeu e Julieta), num cenário, pese embora a sua grandiosidade, improvável (o nosso Estádio do Dragão).

Este projecto teve o inesperado apoio de uma entidade empresarial que até agora nada teve a ver com filmes, a Associação Empresarial de Portugal. Foi produzida pela Yellow Films, de Angelino Ferreira e sua filha Soraia Ferreira, que tem no seu capital a InovCapital e a Change Partners de Mário Pinto e SONAE Capital.

Quais são as peças soltas, imbatíveis por si só, que parecem tontas de uma forma desligada mas que têm todo o sentido se integradas? Criar de raiz, cidade natal, universalidade, independência, empresarialidade, remuneração dos accionistas e empregados, internacionalidade, multiplicação de nacionalidades envolvidas, certificação nos EUA, seguros internacionais, carreira internacional, Portugal primeira escolha, custos de contexto mais elevados, produtividade, eficácia, continentalidade do Porto, sucesso.

Isto é o Porto. Um verdadeiro cocktail de ingredientes que quando sabiamente misturados e liderados dá uma mistura que poderá ser arrebatadora. É o assumir da cultura e da criatividade no desenvolvimento económico e no reforço do posicionamento da nossa marca portuguesa mais marcante: o Porto.

Por mim, vou assistir ao filme e sei que me vou deliciar com as imagens da Ribeira vista de Gaia, com o azul do Estádio do Dragão e sonhar com o ouro do Rio Douro, e já agora vou ansiar que os amantes não se suicidem. Se o fizerem, espero que se reencontrem noutra vida, neste Porto, e que sejam muito felizes.