De: Pedro Aroso - "Porto A e B"
O Rio Fernandes gostou da imagem do Porto A e B cultural porque, segundo ele, “sintetiza bem o contraste entre o panorama cultural da CMP e aquele que insiste e resiste e vai procurando fazer do Porto uma cidade cosmopolita e contemporânea”.
Eu não gostei da imagem e confesso que fiquei surpreendido com aquilo que o Rio Fernandes escreveu. Todos sabemos que este blog se transformou num muro de lamentações contra o actual presidente da CMP, mas também já todos nos habituámos a ignorar certo tipo de desabafos que pecam pelo fanatismo, falta de rigor e de isenção. Este é um caso típico.
Eu gosto de Serralves, mas também gosto de corridas de automóveis. No domingo fui a Serralves e confirmei aquilo que tenho constatado desde o primeiro ano das “comemorações”, ou seja, de ano para ano aumenta a quantidade, mas diminui a qualidade. Receio que, com o decorrer dos anos, aquela festa se transforme numa espécie de Senhor de Matosinhos. É certo que passaram por lá mais de 80 000 pessoas, mas pergunto: em que é que aquela romaria contribuiu para fazer do Porto “uma cidade cosmopolita e contemporânea”? Enfim…
Goste-se ou não das corridas na Boavista, esses eventos têm para o turismo (hotéis e restaurantes), um impacto muito significativo. Por outro lado, a cobertura mediática dessas provas leva a nossa cidade aos quatro cantos do mundo, como de resto também acontece com a Red Bull Air Race.
Por último, gostava de dizer ao Rio Fernandes que estou de acordo com ele relativamente às assimetrias ente as zonas Oriental e Ocidental da cidade. Mas pode ter a certeza que os responsáveis pela gestão camarária da nossa cidade estão atentos e conscientes disso, e por isso têm vindo a trabalhar no sentido de reduzir essas desigualdades. A Coesão Social também passa pela Coesão Urbanística.