De: Nuno Quental - "Ainda o metro e os automóveis"

Submetido por taf em Sábado, 2009-05-30 17:32

Já agora, e levando um pouco mais longe a analogia que fiz há dias relativamente ao atravessamento do Parque da Cidade pelo metro, proponho que se repense a razão de fundo de um custo tão elevado do metro. O filósofo John Finnis propôs uma estrutura razões que levam o ser humano a agir. Uma cadeia de perguntas permite-nos encontrar a raiz das razões para cada uma das nossas acções.

Qual é pois a verdadeira razão de o metro estar enterrado? É o facto de não haver vontade, eventualmente capacidade, para reduzir o espaço dado aos automóveis. Não estou dizer que foi uma opção errada (terá sido em casos específicos), estou simplesmente a defender que os elevados custos do metro não devem ser imputados ao metro mas sim à defesa do espaço do automóvel: assume-se que este é um dado adquirido e inamovível, embora não tenha de assim ser, tal como demonstram inúmeros exemplos pelo mundo fora.

Um abraço e bom fds,
Nuno