De: Mário Araújo Ribeiro - "Metro no parque"
Também já pensei que não havia qualquer obstáculo à "convivência" entre Metro e automóveis: uma luz vermelha impediria o acesso dos automóveis quando estivesse a chegar o metro e, logo que este entrasse no viaduto, os automóveis podiam avançar. Excluída estava, naturalmente, a ultrapassagem; o cruzamento era perfeitamente possível e inócuo. Lembro-me de, quando o comboio do Vale do Vouga atravessava a ponte na Sernada, no trajecto de ou para Aveiro, a cancela abria logo e os automóveis seguiam atrás do comboio. Até tinha a sua graça! E creio que ainda assim é, com as automotoras actuais.
O circuito é que seria complicado. Em 1958 e 1960 ainda ocorreu a coexistência, quer entre a Circunvalação e o Castelo do Queijo, quer, salvo erro, em Antunes Guimarães. Mas hoje, não pode ser...
Melhores saudações.
Mário Ribeiro
P.S. Talvez a maioria não saiba que, no seu ano de estreia, Jim Clark (campeão do Mundo em 1963 e 1965) teve um acidente nos treinos, ao fazer a curva da Rotunda (onde havia linhas de eléctricos) e ficou no espaço entre as duas vias da Avenida, sobre as linhas dos eléctricos. Os mecânicos passaram a noite numa oficina emprestada,a compor o carro e, na corrida, Clark ficou em terceiro. Outros tempos!