De: Rui Encarnação - "Projectos"
Sem querer tomar partidos, em termos de partidarice, li num post do Miguel Aroso dois parágrafos curiosos:
“Dizer que vencendo fica com um salário confortável também é discutível... preferia pagar mais impostos, remunerar melhor a classe política e atrair pessoas sérias, credíveis e competentes para a política que conseguissem pôr em primeiro lugar o país, em 2º, 3º, 4º,... também o país.
Por fim, repito, não me parece correcto que alguém diga que não está agarrado ao poder, que o objectivo é a cidade do Porto, mas que pelo sim pelo não mantenha o lugar de deputada no Parlamento Europeu. Para mim, é a prova maior de que não acredita no projecto que tem!”
De facto, desses dois parágrafos resultam algumas das diferenças mais significativas entre esses dois Candidatos, Rio e Elisa. Para além de me solidarizar com o princípio de que é melhor pagar mais para ter mais e melhor, alguém mais sério, credível e competente para gerir a Câmara, a verdade é que:
- - Não posso deixar de reconhecer que tudo isso falta ao Dr. Rio, pois de sério, só nas palavras, e mesmo assim com muitas falhas, credível, só para quem não esteve minimamente atento durante estes dois mandatos, e competente, é coisa que nem de perto nem de longe por ali passa (à parte a competência para o trocadilho político);
- - E, neste particular, ainda não ouvi ninguém dizer que a Drª Elisa não é séria, não é credível ou incompetente.
No segundo parágrafo as diferenças são ainda maiores e mais significativas.
- - Apesar de distante, fisicamente, e, de acordo com as parangonas, com a cabeça em Bruxelas parece que a Drª Elisa tem um projecto;
- - O Dr. Rio depois destes anos bem passados no conforto da Câmara do Porto/Optimus – agora que foi limpinha (mas não foi a pensar nas eleições!) parece que continua a não ter projecto (exceptuo aqui dizer mal de quem o antecedeu, pois esse projecto, passados estes tempos infinitos, ainda o Dr. Rio não abandonou).
É tempo de pôr uma pedra, bem grande, neste cinzentismo, populista, pseudo-bairrista e parolo que nos invadiu e olhar para o futuro, para os que vão nascer agora e crescer nesta cidade, pois, como já se vê, os que agora chegam à idade adulta só não emigram – ou auto-exportam-se – porque não podem. Aliás, os que podem já por cá não são encontrados. E os que cá que ficam não é por graça, nem por obra desta (indi)gestão camarária.