De: Cristina Santos - "Se fosse um emprego podíamos despedi-los"
Caro Tiago
O problema da situação que referes, em que o candidato não sendo eleito vai à procura de melhor ocupação, é aquilo que origina não termos oposição no Porto. Francisco Assis perdeu e seguiu o seu destino, e os restantes membros da equipa ficaram sem projecto e limitaram-se, desde aí, a fazer oposição pura e simples; propostas que pudessem ajudar esta cidade a evoluir, propostas que pudessem marcar a posição do PS, pura e simplesmente a existirem não são do conhecimento público.
Entendo a posição mas por enquanto não serve, servirá quando aceitarmos a política como um negócio, como uma empresa, mas nesse caso qualquer programa eleitoral terá de ser um contrato público, com garantias e seguros de responsabilidade, com prazos, com apresentação de contas aos accionistas, neste caso os eleitores, tudo como em qualquer outro negócio e com a opção de despedimento quando se justifique, paga-se indemnização e rua com carta para desemprego. Enquanto assim não for, caro amigo, vir aqui concorrer como quem responde a um anúncio no jornal não serve. Não serve porque que mais não fosse havia que trabalhar 4 anos na oposição, insistindo no projecto que propuseram, para o poder corrigir e vencer a seguir.
A política ainda não é um emprego, quando for cabalmente aceite essa situação também não valerá a pena estar na política.
Cristina Santos