De: TAF - "Lá como cá"
Apesar da falta de tempo que me tem afligido nas últimas semanas (isto de ser blogger também tem os seus inconvenientes...), não quis perder há pouco em Serralves o primeiro dos "Encontros a Norte" promovidos pela CCDR-N. O tema foi "Transforming Creativity into Business: the case of the Creative Industries Development Agency", apresentado por Anamaria Wills, CEO da CIDA. Não dei o tempo por perdido, até porque a experiência desta empresa britânica de fomento das indústrias criativas pode ser muito útil para a ADDICT. O trabalho que estão a fazer merece atenção e provavelmente terá mérito apreciável.
Contudo, houve um ponto que me desiludiu bastante. Apesar de afirmarem com orgulho viverem sem subsídios e terem de lutar para pagar salários tal como qualquer outra empresa, o facto é que a sua fonte de rendimentos principal são os contratos com o Sector Público. 60 a 70%, segundo contou a oradora, sem ter dados exactos que na altura pudesse fornecer. Observando no site a lista de actividades e os programas em que estão envolvidos, não me admirava que feitas as contas todas fosse bastante mais. Ou seja, na prática estão em grande parte "fora da economia real", são alimentados pelo Estado e não pela vitalidade do tecido empresarial. Pode ser que se justifique e que seja dinheiro bem empregue, mas está muito longe de ser a situação ideal.