De: José Silva - "Obras públicas portuenses com custos superiores aos benefícios sociais"
A construção do metro Ocidental é uma oportunidade para analisarmos o nosso historial nas obras públicas recentes:
- - Aeroporto: Obras sobre-dimensionadas, caras e luxuosas e com suspeita de enriquecimento ilícito;
- - Casa da Música: Para fomentar a cultura musical não seria necessário uma obra tão cara e tão mal localizada, decidida no mesmo ano em que caiam pontes por falta de manutenção ou supervisão na extracção de areias;
- - Metro para a Trofa quando este concelho já é muito melhor servido pela CPPorto;
- - Metro para a Póvoa que deveria ser servido por comboio sub-urbano CPPorto.
- - Metro para Gondomar que coincide e canibaliza as linhas de comboio da CPPorto em metade da sua extensão;
- - Casa da Música em Leixões: Um terminal de passageiros não necessita de uma obra de autor, nem de uma incubadora de empresas, nem de uma residência universitária.
Entretanto:
- - O Douro é um esgoto a céu aberto;
- - O Porto era até há pouco tempo um campeão no desperdício de água no abastecimento público;
- - O resto do Norte acusa o Porto de ser centralista e igual a Lisboa;
Rui Moreira qualifica bem a mentalidade recente dos portuense ao qualificar-nos de novos-ricos... Nada que uma boa dieta/crise não possa resolver... Por isso é muito importante que a linha Ocidental inicie um novo ciclo de investimentos públicos com elevados padrões de custo/benefício social.