De: José Silva - "A «versatilidade» do Metro do Porto e da Bombardier; A inflexibilidade portuense na linha Ocidental"
1. Oliveira Marques afirmou com orgulho que uma das caraterísticas do sistema era a sua versatilidade: É urbano e sub-urbano; É à superfície e é enterrado. Não concordo com a apreciação positiva. A heterogeneidade que afirma é uma característica do mau planeamento inicial, entretanto já assumida. Além disto, o sistema vai passar a ter 2 tipos de composições, o Flexity Trams e o Flexity Light Rail Vehicles. A única constante neste momento é existência de apenas um fornecedor de veículos e toda a rede ser em via dupla e em canal reservado. Coerentemente, podemos concluir que não haveria nenhum drama se o Metro do Porto, em novas linhas, continuasse com esta heterogeneidade.
2. Verdadeiramente o nosso Metro é considerado no site da Bombardier como Light Rail Vehicles e não como Metros. Ora isto tem uma consequência: «Trams» / eléctricos modernos / «Light Rail Vehicles» há muitos de muitos tipos... A Bombardier e outros fornecedores tem flexibilidade para fornecer veiculos à medida das necessidades, nomeadamente veiculos de menor gabarito/largura como o sistema de Dresden ilustrado no Norteamos, também da mesma classe do veículo do Metro do Porto.
3. Com a flexibilidade do nosso sistema e com a flexibilidade dos fornecedores de veículos ligeiros sobre carris, não vejo nenhuma razão para excluir o canal da Marginal para a instalação de uma linha de Tram ou «Metro» para servir a zona ocidental. Isto é sobretudo pertinente como alternativa ao troço tunelado e caro entre S.Bento e o Fluvial. Começa a ser estranho o unanimismo à volta do enterramento em Diogo Botelho e a ausência de debate no troço S.Bento e o Fluvial. Só os pagadores de impostos se queixam...