De: José Silva - "Teach yourself «Drenagem» in 10 minutes - Parte 2/2"
Este modelo leva a que o crescimento/desenvolvimento de Lisboa seja sempre à custa da perda de poder / autonomia / iniciativa / gestão de verbas / poder de compra do resto de Portugal, sobretudo onde há pessoas / empresas / clientes / residentes a conquistar.
- - Para os que combatem este «status quo», acabei de enunciar a forma de o destruir: a solução passa por acabar com as bases que sustentam o modelo;
- - Acabar com o «financiamento». Estou moderadamente optimista com o que a crise actual está a fazer nesse aspecto; A propósito, ler este artigo, que, como todos os marxistas, acerta apenas no diagnóstico: «Dívida ao estrangeiro aumentou 54% durante o governo Sócrates - No fim de 2008 o crédito ao imobiliário, à construção e habitação era dez vezes superior ao credito à agricultura, pesca e indústria»;
- - Passar para o estado regional as actuais funções do estado central relacionadas com o desenvolvimento económico (infraestruturas, incentivos às empresas, planeamento do território, ambiente, gestão da educação pública, etc). Portanto, Regionalização com fusão de autarquias, com extinção de governos civis/CCDRs, e com eliminação de funções económicas do Estado Central; A oportunidade para uma nova ofensiva para uma Regionalização 2.0 está do lado de Rui Moreira já no dia 23 de Abril;
- - Reduzir o peso do sector dos SNT na actividade económica da região de Lisboa (por exemplo, deslocalizando para o resto de Portugal a administração pública central, como PSLopes tentou fazer em 2004, ou sedes de empresa / institutos públicos).
Insultar lisboetas nada resolve. Inclusivé, eles sentem-se pessoalmente ofendidos e com razão. Aliás, você Ventanias, por várias vezes já me chamou à atenção disso mesmo.
PS: Este artigo é também uma homenagem ao Pedro do blogue Portuense. Imagine-se, o autor de um blogue sobre o Porto foi recentemente viver para Lisboa. Mais um.