De: José Ferraz Alves - "Caminhos de Ferro"
Começo por salientar a todos o muito discreto, excelente e importante trabalho que o Vítor Silva tem andado a fazer com os podcasts. E que as suas gravações também deveriam ser disponibilizados por outras vias.
Estou a lembrar-me das dificuldades de comunicação com a FAP - Federação Académica do Porto. Todos gostamos de protagonismos, mas assim não se vai lá. Tem de haver maior cooperação entre todos os "opinion maker" e reconhecer o quanto aprendemos uns com os outros. Repito aquilo que me move. Há um legado no Porto e na Região Norte que nos foi deixado por quem nos antecedeu e temos de deixar bem vivo para os nossos descendentes, para mim, é para a Catarina e para a Carolina.
Saliento um parágrafo da notícia de hoje que explica como os decisores políticos actuam: "O Público apurou que para esta zona não está previsto nenhum investimento pelo que, para manter o actual serviço a Refer tem duas hipóteses: ou aumenta os custos na manutenção da linha ou impõe à CP uma redução na velocidade dos comboios. No limite, a manter-se esta situação, ficam criadas condições para que o poder político equacione o seu encerramento tendo em conta os elevados custos e a fraca procura. Uma situação idêntica à do linha do Tua..."
A forma de procedimento é-nos explicada. Não se investe, degradam-se as condições de oferta do serviço, a procura diminui, e depois encerra-se porque não há procura. E todos aceitamos a decisão, porque é um facto que só as moscas é que suportam a vibração da circulação ferroviária no Douro.
Mas a oferta é que a cria a procura... Qualifique-se, seja-se criativo e apelativo na exploração e a procura aparece como por milagre...
José Ferraz Alves