De: Cristina Santos - "E eu m'avergonho"
Também não entendo, e espanto-me de facto, como se pode acusar empresários que “despedem quando têm lucros”, mas o empresário não pode despedir? Não pode ter objectivos de lucro, só despede quando estiver na falência, é isso que é permitido? E o povo, porque é que o povo se vitimiza, e se revolta contra o empresário e não pede explicações sobre casos como o Freeport, o BPN, o BPP, os projectos PIN, Vale de Sousa, a CGD a financiar bolsistas quando despeja em Vila Nova de Gaia famílias que não podem pagar um T1. Afinal o que quer o povo? Está desempregado e seria de esperar outra coisa? Os empresários agora são os que têm de sustentar isto? Fazer caridade, mas 2 vezes?! Então as empresas já não pagam para a redistribuição de rendimentos? Era só disto que falava, como pode o povo julgar e exigir do empresário e não julgar a conduta do Governo, enquanto se voltarem contra o investidor a crise continua.
Mas pronto, ok sou mais jovem tenho que condescender perante V., não há corrupção, mas não subornar implica o triplo ou quádruplo do trabalho, e a maioria dos crápulas dos empresários, veja-se bem, desistem, vão à sua vidinha, e porque será? Então não estão dispostos a trabalhar o triplo, para receber o que recebe um crápula que suborna? Oh que fracos que são os empresários portugueses, não assumem o desgaste, já se sabe que a situação não é justa, mas a obrigação deles é continuar e sem despedir, lembrem-se, sem despedir. E principalmente sem nunca abrirem a boca sobre corrupção, porque há que proteger a imagem, nem sequer admitir que mesmo que não seja na sua empresa há outras bem maiores que a sua que usam da corrupção, porque isso da corrupção é coisa de país de 3º mundo, aqui em Portugal no máximo dos máximos existe concorrência desleal. Corrupção nunca, se a houvesse há muito que as grandes instituições teriam tratado disso, ou elas ou o Senhor Presidente da República.