De: Cristina Santos - "Mudam-se palavras que deram votos"
Não sabemos se o Executivo de Rui Rio e o próprio tinham conhecimento das regras dos PDM no primeiro mandato, certo é que a primeira candidatura foi assente na luta contra inúmeras dissonâncias urbanísticas, que já tinham sido propostas. Aos eleitores, ou à maioria destes, interessam as afirmações, as garantias, portanto se as mesmas não são cumpridas por motivos jurídicos, de ordenamento ou outros, têm de ser devidamente esclarecidas, sob pena de serem consideradas falsas propostas e os eleitores ignorantes do PDM, que tem toda a legitimidade para serem ignorantes nessa matéria, virem a considerar-se enganados e a suspeitarem da alteração radical na equipa.
Creio que ninguém se sente menos enganado pelo Sr. Engenheiro José Sócrates, quando na candidatura afirmou descer o nível de impostos e depois fez exactamente o contrário, por economicamente tal proposta não ser viável, porque tal não o iliba de a ter usado para ser eleito. A obrigação era ter estudado em rigor tal situação.
Se não se cumpriu porque era impossível juridicamente ou economicamente cumprir-se, muito bem, mas o povo tem de ser ressarcido do engano ou não? É que se for assim então qualquer pessoa se pode valer da ignorância de áreas específicas nas quais o eleitor por norma não tem conhecimento, prometer mundos e fundos a este país e depois não cumprir, com a maior das "transparências" porque os eleitores tinham obrigação de saber que se tratava de uma proposta impossível. A nossa ignorância não é desculpa que permita desculpas aos Governantes.
Cristina Santos