De: Luís Gomes - "Bandeira Vermelha"
Por uma feliz coincidência dos factos, preparava-me este fim de semana para dar conta do avanço do mar sobre a costa e sobre os meses volvidos sem que nada tenha sido feito. Fico satisfeito com a notícia que saiu no Público, mas entendo que não temos que dar graças aos posts que aparecem nos jornais, porque não fazem favor nenhum! Os cidadãos relatam as situações, e se o jornalista não tem oportunidade de acompanhar o acontecimento deve, humildemente, retratar os factos, recorrendo, nem que para isso seja, às tecnologias de informação.
Falando de factos, a situação desde Novembro para cá, piorou. Mas vamos por partes, porque o que eu tinha relatado eram os maus acabamentos da intervenção na marginal, relativamente a ribeiras que ficaram por integrar no colector, e a remendos feitos à pressa, porque urgia entregar a obra à cidade. Isso nada tem a ver com o mau tempo. O que se passa agora é a extensão do problema que então relatei. As vagas marítimas estão a levar literalmente os milhares de euros investidos. É um misto de sensações, isto parece inacreditável, mas ao mesmo tempo previsível. Inacreditável, porque foi dinheiro público investido à pressa e com muitas falhas na obra (ribeiras continuam a correr, partes da marginal continuam com piso péssimo, o mobiliário urbano teve apenas uns retoques), previsível porque, por exemplo, alargaram o pavimento na Praia de Gondarém para cima das rochas, face à passagem que havia antes e, como podem ver na imagem, agora desabou. Previsível se olharmos para o vídeo que apareceu no JN do homem que ia sendo colhido em frente ao restaurante a Máscara no corredor cimentado com um enorme colector desnivelado (porque antes o passeio era apenas a uma cota).
E, para não repetir erros do passado, a Câmara devia intervir na Primavera e não como fez o ano passado que anunciou a obra e só no fim de Maio começou a intervencionar uma obra cuja duração prevista se não me falha a memória seriam 120 dias, dai ter de fazer tudo a correr para que os portuenses pudessem desfrutar das praias.
P.S. O restaurante que o jornalista referiu no meu post era a Pizza Hut e não o Mcdonalds, mas ninguém repara é tudo fast food :)
Um abraço
Luís Gomes