De: Pulido Valente - "Os tapa-pontes"
Olá, há que tempos...
Todos os dias passo pela marginal de Poente para Nascente e dou de caras com aquele empecilho. Como tenho há muito (veja-se a proposta para a Al.ª 25 de Abril) solução para o caso achei por bem não me manifestar pois as pessoas que a conhecem deviam pensar numa solução para ali que começasse na marginal e se fosse afastando até se encontrar a falésia. Claro que qualquer das soluções que o TAF mostrou em 2006 é má. Claro que a CMP não tem olhos de arquitecto que se preocupa com a cidade. Claro que os promotores, enquanto for dando, usam a chapa 5 para não terem de ter trabalho a descobrir como fazer correctamente cidade. Tudo isto conformado com a "necessidade" de ali fazer investimentos em habitação de luxo.
Já me manifestei, a seu tempo, contra a demolição do muro e sua substituição pela aldeia de macacos do outro lado da ponte. Agora temos "sempre os mesmos" (s.o.m.) a confirmar que desde que a guita entre não é necessário haver preocupações com a arquitectura. Basta fazer negócio. Fornecer serviço. Só que um empresário e, sobretudo, um arquitecto (ou dois) têm a obrigação de fazer cidade para o futuro e não repetir sempre o mesmo projecto com dimensões e fatiota diferente: tem vindo a dar deixa estar.
Na verdade a arquitectura que se faz não busca, investiga, procura novas formas que se insiram na evolução natural da nossa cultura (vai-se lá fora buscar ideias e modelos) e as leis que se fazem para disciplinar a ocupação do território exigem, fomentam, apoiam e facilitam este estado de coisas. Arquitectos: idem idem, aspas aspas. Demonstrando grande carácter e coragem dizem: "livra! Se falo ainda me lixam". Ordem dos arquitectos? Está muito bem neste ambiente e nada faz para o modificar. Devia começar por "pôr a ordem na ordem". "Slogan" de uma das últimas candidaturas - VENCEDORA - à liderança.
Tenho a impressão que já estou a repetir por isso fico por aqui. Se quiserem há mais.
JPV