De: Miguel Barbot - "Estatismo regional"
Tiago, não percebi. Achas que tendo mais do que um partido torna a AP menos interventiva, ou que a existência de partidos regionais é que pressupõe esse grande nível de intervenção?
A questão não será antes se queremos uma administração pública muito ou pouco interventiva?
Eu sinceramente prefiro uma Administração Pública regional muito interventiva a uma Administração Pública central muito interventiva e também uma Administração Pública regional pouco interventiva a uma Administração Pública central pouco interventiva.
É a minha ideia que a preocupação dos regionalistas reside essencialmente em ter políticos eleitos vinculados apenas à agenda de um partido regional, que representem verdadeiramente os seus interesses - ok, para isto não é preciso um partido, mas um partido é mais eficaz, quanto mais não seja pelo poder reivindicativo do voto.
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Nota de TAF: O que eu digo é que a defesa de um único partido regional pressupõe um consenso regional sobre a política a implantar, e nesse caso a implantação caberá a um Governo regional demasiado interventivo (para o meu gosto...) e pesado. Também digo que esse consenso é impossível e seria até prejudicial. Alternativamente, a existência de vários partidos regionais resolveria este problema, mas aí tínhamos um "mini-país" regional, situação que a meu ver não era benéfica para nós.