De: Cristina Santos - "E não havia necessidade..."
Se há político que dispensava sem problemas as investidas do partidarismo era Rui Rio, estava e ainda está em posição de fazer ceder o PSD e não o contrário. Enquanto esteve no parlamento pouco se ouvia falar nele, não era conveniente um homem do Norte e tal. Hoje é Presidente da Cidade do Porto e o partido a que pertence, e que é líder da oposição, não se esforça minimamente para publicamente o apoiar nas lutas locais que empreende. Ainda assim o valor político de Rui Rio é reconhecido por todo o país, por muito que isso choque os membros lisboetas do PSD, tem estado acima do partido.
O problema começou quando se tornou evidente que Rui Rio ia ser reeleito no Porto sem a mínima dificuldade. A partir daí mudaram radicalmente a equipa porque, fossem quais fossem os membros propostos, o PSD com Rui Rio a dar a cara ganhava. Obviamente que a eficiência se ressentiu neste 2º mandato e termina agora com este episódio lamentável. É péssimo. Não vejo alternativa que supere Rui Rio, pessoalmente acho que caso proceda à recandidatura ao Município, ainda assim ganha, mas neste clima, ou rompe radicalmente com o partidarismo ou será o desastre total.
Tem possibilidades e credibilidade para Primeiro-ministro, teria o meu voto lógico, mas infelizmente o partidarismo em Lisboa redobra o daqui. Atrevo-me a dizer que tanto para Rui Rio como para o Porto só resta a regionalização.