De: Paulo Espinha - "Grupo de Pressão Portuense no Batalha..."
Escrevo estas linhas para apresentar um “stop and go” sobre o Grupo de Pressão Portuense que tanto tem entusiasmado alguns dos nossos parceiros bloguistas.
Em primeiro lugar comunico:
- a) Rissóis e croquetes de fim-de-tarde, gosto de os pagar do meu bolso, é cá um defeito que tenho...
- b) Não gosto de “nim’s” - sim, talvez, contudo, porém, se este pormenor, se aquela m..., então, nesse caso,... ou é ou não é!!
- c) Não acredito em super-homens..., tudo aquilo que fazemos está em constante avaliação, independentemente da imagem e reputação que venhamos a granjear. Agora, até os pais vão avaliar professores. Não há é quem avalie os dromedários dos ideólogos superiores do Ministério da Educação... Contudo, estou sempre à espera que um guru me surpreenda e às vezes é cada desilusão... O Warhol desafiava-nos para os nossos 15 minutos, eu anexo ainda – 10% de génio, o resto é apenas preparação...
- d) Não nasci no Porto, mas vivo cá há mais de 38 anos e gosto. Pelo menos não reclamei com os meus pais.
- e) Tenho formação em ciências, onde aprendi bem o significado do zero à direita da vírgula – um contabilista arredonda ao cêntimo, um economista arredonda ao euro, um engenheiro arredonda aos milhões de qualquer coisa... O que é preciso é andar para a frente...;
- f) Ah, estava-me a esquecer – em jeito de registo de interesses, não estou de momento ligado a qualquer processo que tenha dado entrada na CMPorto e os 5 anos em que fui assessor do Gabinete da Presidência já lá vão há alguns anos;
- g) Sou HUF – Heterossexual em União de Facto, excomungado pela Católico -Apostólica - Romana e pelo Bloco de Esquerda que não acha a nossa causa justa, preferindo apoiar os GUFs – Gays em União de Facto;
- h) Etc, etc, etc. Não quero com isto dizer que seja completamente livre. Senão vocês haviam de ver que o discurso seria ainda mais radical...
Agora, duas considerações sobre Lisboa vs Porto.
LISBOA - Cidade eminentemente imperial, aristocrática, gosta de “torrar” o dinheiro que não produz, rasga avenidas, vende a tia, a mãe e a avó... A única cidade cosmopolita portuguesa. Um verdadeiro teatro. A Plaza Mayor portuguesa... Tudo a monte e fé em Deus...
PORTO - Cidade eminentemente burguesa, não “torra“ dinheiro, não rasga, é provinciana, sectária e quando tem para gastar não sabe como. Uns mostram sobranceiramente o que têm, outros, tesos, o que não têm e outros ainda coleccionam faqueiros de prata para deixar aos herdeiros que, normalmente, despacham tudo na primeira ou segunda oportunidade. “É pá, você sabe, o negócio, o Carnaval foi uma desgraça, a Páscoa está a correr mal e o Natal não sei se vai dar para o peru! Oh Joaquim, já foste lavar o Jaguar?...”
Finalmente, sobre o Grupo de Pressão:
- a) Vocês acham mesmo que é razoável a discussão sobre qual a formação do “chefe da agremiação”? Esta é tão somente uma questão de Liderança. Tal como dizia o Lenine – “O Poder ou se exerce ou não!” O líder irá aparecer naturalmente e todos irão sentir que o é. Não pode é ter a altura do Marques Mendes...
- b) Então, mas vocês já estão a discutir a questão da liderança e ainda não há trabalho a sério realizado, não há uma estratégia delineada, ainda não se sabe se vamos primeiro entrar em guerra com Gondomar e Matosinhos, se com Gaia ou Vila do Conde?? Mas afinal quais são os verdadeiros objectivos??
- c) É para arranjar tachos?? Se é para isso, é mais simples comprar um avental e um compasso e fazer uma inscrição na Maçonaria ou então aderir à Opus Dei (no meu caso pessoal já não é mesmo possível e se o fosse aquilo, num instante, ainda virava Copus Night).
- d) Ou é para apoiar a chamada “Escola do Porto”?? Se é para isso não me convidem. Já dei para esse filme. A propósito – considero ser a melhor peça de arquitectura concebida em Portugal no virar do milénio, a casa projectada pelos irmãos Aires Mateus na Costa Vicentina. Obrigado Manuel e Francisco pela “PEÇA”!!
- e) E será uma agremiação de “cidadãos livres”?? Ou temos que fazer registo de interesses??
- f) E a agremiação vai matar quantos?? É que a verdadeira importância funcional de cada um depende do seu potencial destruidor: um médico vale pouco – mata apenas um de cada vez; um professor quando mata, mata uma turma inteira, um general já pode matar que se veja e um político, por exemplo o nosso Presidente da Câmara será que vai conseguir matar a cidade inteira. Logo, qual a dimensão e o potencial de destruição da agremiação??
- g) E é para trabalhar a sério??
Se for para trabalhar a sério e sem interesses particulares colaterais,
Sempre disponível, contem comigo, se para tal a saúde ajudar.
Paulo Espinha
pauloespinha@gmail.com