De: António Alves - "Linha de Leixões"
Caro professor Rio Fernandes,
Que a Linha de Leixões é vital para a manutenção do Porto de Leixões, concordo em absoluto. Que seja muito difícil haver serviço partilhado, já discordo radicalmente. Pela Linha de Leixões circulam seis (6) circulações em cada sentido nos dias úteis, entre as 5 da manhã e as 21.30 horas (0,7 comboios/hora), uma ao sábado de manhã e nenhuma aos domingos. É imensamente mais difícil fazer circular comboios de mercadorias entre Campanhã e Ovar, por exemplo, partilhando a mesma linha com os outros tipos de circulações.
Os comboios de mercadorias que circulam pela Linha de Leixões fazem-no à velocidade máxima que a via permite (70 km/h). Os comboios de mercadorias em Portugal têm normalmente uma velocidade máxima de 100 km/h.
A Linha de Leixões (via única) actualmente opera muito abaixo da sua capacidade. Duplicada, veria essa mesma capacidade aumentar exponencialmente.
Todos os comboios, sejam eles de passageiros, de mercadorias, Alfas, Intercidades ou Urbanos, circulam na Estação de Campanhã a velocidade muito reduzida. Todos, até um TGV, se por acaso lá passasse, não ultrapassaria a velocidade de 30 km/h que é a velocidade máxima imposta pela sinalização. Nem de avião, desde que este estivesse ao nível do solo, se pode andar a velocidade superior dentro daquela estação.
Para mim a subutilização da Linha de Leixões é um imenso mistério. Os factos e dados que aqui apresento não são meras conjecturas. São factos e dados objectivos, concretos e verdadeiros, como é costume dizer-se. :-)