De: JA Rio Fernandes - "O Porto de parabéns"

Submetido por taf em Domingo, 2008-10-05 12:44

Há razões para satisfação para o A Baixa do Porto e todos os que, compreensivelmente, duvidam (mais ou menos) da capacidade de influenciar a decisão e vêem esta apenas como a expressão de uma vontade centralizada, tomada por alguém isoladamente, ou apenas por uns quantos, em processos opacos. De facto, julgo que foi em parte (e penso que em grande parte) pela pressão dos cidadãos, pelo questionar persistente e consequente de más opções, que parece ter sido possível salvar a Avenida da Boavista do disparate técnico e urbanístico do metro e salvar o Mercado do Bolhão do desastre cultural e urbanístico que passou pela cabeça de alguns. Sim, porque saudando-se a atitude do IGESPAR, não se esqueceu a sua atitude face ao túnel da Rua D. Manuel II ou na Avenida dos Aliados. A estas boas notícias, soma-se a dinâmica de Miguel Bombarda e a festa de rua que, na sua primeira edição esteve para ser boicotada pela Câmara. No metro, no Bolhão, como na Miguel Bombarda, apesar do presidente da Câmara, a cidade está viva. O que diz muito do poder dos cidadãos e da capacidade da cidade, além dos “poderes” formais.

Esperemos que agora não se cumpram as profecias da líder do partido do TAF ;-)) e falte dinheiro para obras públicas! Para o metro do Porto pelo menos, esperemos que haja que chegue e que apesar da enorme expansão da rede que está prometida, se possa até conseguir que se encurtem os prazos. De resto, que se discutam prazos é um excelente sinal, de aceitação da solução para a rede e de ansiedade pela sua concretização! Quanto ao Bolhão, é ainda preciso um pouco mais, que a Câmara do Porto eleja este investimento como um dos necessários a se candidatar a apoio do QREN! (Quem foi há cerca de dois meses à apresentação do estudo estratégico da Junta Metropolitana, pôde ver que este investimento não estava na lista, por não ter sido indicado pela CM Porto…). Relativamente à dinâmica cultural da cidade, penso que além da acção e projecção das instituições de referência (Serralves, Casa da Música e Rivoli) apenas é necessário que “deixem trabalhar” quem queira.