De: Pedro Bragança - "Mobilidades"

Submetido por taf em Terça, 2008-09-16 23:34

Luís,

Haverá, de certo, um equívoco ou falha comunicacional porque não me parece que tenha existido qualquer confronto ou excesso de linguagem (se isso por casualidade acontecer um dia espero que o Tiago não publique o post). No entanto, se por algum momento se tenha sentido lesado na sua integridade aceite o meu público pedido de desculpas.

O que se passa parece-me muito simples; ao contrário do que o Pedro Lessa diz (e muitos outros que vêem na FAUP uma escola de passado, ultrapassada, que vive de uma fama histórica e revivalista) a escola de arquitectura do Porto depois de se 'deslocalizar' para o Campo Alegre – que para que todos saibam faz parte do concelho e cidade do Porto – lançou novas gerações com nomes eminentes como o arq. Nuno Brandão, a arq. Filipa Guerreiro e Tiago Correia (Atelier da Bouça), o arq. Nuno Lopes, Nuno Lacerda e muitíssimos mais.

Sobre 'Cidade e Mobilidade', estamos claramente num ponto de discórdia: Era o que faltava termos que ser as escolas, os supermercados, os centros culturais ou as superfícies atractivas obrigadas para que a Baixa se torne 'saudável'. Eu estou de acordo que a Universidade se tenha construído de um modo muitíssimo questionável ao longo do século XX, mas acho que perdeu enquanto conjunto, enquanto instituição única. Hoje em dia, diversos projectos de trabalho e investigação da UP, sejam os centros de estudos sejam propostas esporádicas, corrigem um pouco a loucura da dispersão geográfica em supostos 'Pólos Universitários'. Estes problemas da Universidade não invalidam claro que continue a ser, indubitavelmente, a melhor do país – algo sempre muito complicado de entender para quem observa de fora.

Ora, mas sem entrar em relatos privados dispensáveis, posso-vos dizer que hoje comecei o meu dia às 8 na FAUP, e através quer do 200 quer do metro consegui, por três vezes, regressar à Baixa do Porto. A última delas incluiu uma visita à nossa Soares dos Reis.

Cumprimentos
Pedro Bragança

Nota. É mesmo recomendável que se acompanhe o site Inner City porque, espero, é um projecto (da UP) que iniciará mesmo um novo ciclo na cidade.