De: Pedro Bragança - "Rupturas com «Poder Central»"
Estou certo que não será voltando as costas aos partidos políticos que conseguiremos todos os objectivos que comungamos, ou que veremos os nosso sonhos de cidade aplicados ao Porto. Não estou crente, da mesma forma, que serão grupos de cidadãos, sejam por Lisboa, por Fiães, pelo Porto ou pela Rebordosa a resolver qualquer problema crónico que identifiquemos. Por mais organizados que esses sejam, por mais perfeitas que sejam as suas convicções ou preparação técnica jamais se sentirão capazes de criar uma verdadeira ruptura e iniciar um novo ciclo – a não ser que essa ruptura seja com nada e que o novo ciclo seja a continuação do anterior. O nosso sistema democrático está criado, em pleno e saudável funcionamento e as pessoas devem, penso, justificar as suas atitudes não com sentimentos de ruptura (que em liberdade devem ser expressos), mas talvez com compaixões e opções ideológicas. Caso contrário corremos o risco de nos rompermos a nós próprios.
Cumprimentos
Pedro Bragança