De: Luís Filipe Pereira - "Demolições"
Não é por dizer uma mentira muitas vezes que ela se transforma em verdade. No entanto há quem continue a tentar fazê-lo. Enfim, vamos por partes.
Palácio das Cardosas
Mas afinal qual é o problema? A transformação num hotel? O facto de ser de luxo? E o que é que vai ser demolido? A fachada ou será o interior? É preferível continuar a privar a cidade da utilização dos seus espaços mais nobres? Devemos, ao abrigo da colectivização do pensamento, impedir que se proceda à renovação dos espaços de forma a que se acabe com o escândalo e a insulto que é ter espaços decadentes e não utilizados, degradando-se por falta de utilização? Claro que já antecipo o comentário de que entregar o Palácio das Cardosas à iniciativa privada é um crime que urge impedir e evitar! No limite deveria a própria Câmara assumir a gestão do hotel!? A visão de luta contra toda e qualquer iniciativa privada padece de um erro lamentável. É que ao impedir os capitalistas (todos eles ricos e e selvaticamente exploradores!) de empreenderem novas iniciativas está-se a impedir a criação de emprego (quanto mais qualificado melhor), e deste modo impedir que os mais desfavorecidos (aqueles que contam apenas com o seu trabalho) possam, também eles, beneficiar com estas mesmas iniciativas.
Mercado do Bolhão
Mas porque que raio continua o movimento PIC (Plataforma de Interesses Colectivista e defensor dos interesses do Sr. Massena) a ignorar olimpicamente (por falar em colectivista...) o facto de o projecto ter de ser aprovado pelo IGESPAR para poder ser executado! Não será isso uma garantia suficiente da preservação dos interesses públicos?
Por favor, parem de tentar enganar as pessoas!
Nota final
Sérgio Caetano, se acha que exemplo de transparência é o passado da cidade em termos de ordenamento e imobiliário (relembrar Parque da Cidade e permutas de terrenos das Antas), então de facto não compreendo qual o seu conceito de democracia...
Cumprimentos,
Luis Filipe Pereira