De: TAF - "Chamam-lhe «modernização»"
- Jornal “O Primeiro de Janeiro” não sai sábado e redacção foi demitida em bloco
- "O Primeiro de Janeiro" suspende publicação para se "modernizar"
- Um editorial pouco convincente
- O Primeiro de Janeiro suspende edição
Não adianta tentar reavivar algo sem sustentabilidade. O que vale a pena é pegar nesse património - arquivos, pessoas (as que tiverem qualidade), know-how - e aproveitá-lo de outra forma que tenha viabilidade económica. Poderá ser necessária uma atitude voluntarista (mas racional!) para que não se perca aquilo que tem efectivamente valor. Não estou a defender subsídios nem nada do género, apenas que se preserve o património e, em simultâneo, se compreenda como o usar no mercado.
São precisas tantas redacções independentes a tratar os mesmos temas, de forma razoavelmente semelhante, em tantos suportes diferentes? Jornais, revistas, rádios, televisões, Internet, ... Não precisamos de 20 redacções a tratar de futebol, nem de 30 a tratar de política nacional, nem de 15 a tratar de assuntos locais do Porto, por exemplo. Há gente a mais a trabalhar separadamente sobre a mesma coisa para um mercado que é pequeno. É fundamental tentar mercados mais alargados, outros temas, etc. Complementaridade, pois concorrência já há até demais…
O que sobrou d'O Comércio do Porto? O que vai sobrar d'O Primeiro de Janeiro? Por que é que não conseguimos trabalhar em conjunto? Por que é que ao menos não conversam seriamente com quem já tem visibilidade na Internet e a sabe usar de forma produtiva - os blogs? Repare-se num erro sistemático dos jornais: tentam um upgrade criando os seus "blogs privativos", em vez de coordenarem actividades com os que já estão solidamente implantados. Evitam os links para o exterior. Fecham-se num ambiente que é intrinsecamente aberto. Depois corre mal, claro.