De: JA Rio Fernandes - "Pois... é a política!"
Os últimos posts e alguns desafios impelem-me a voltar a fazer apelo a favor da disponibilidade para o trabalho a favor da política partidária.
Entenda-se antes de mais que é claro que o fundamental é a política. Mas entenda-se também que esta pode, deve – e é – exercida por grupos informais que se reúnem em torno de um blog, chegam aos jornais e às televisões e “incomodam” os decisores, ou seja, condicionam as suas decisões. Viva a Baixa do Porto! Viva o TAF! Vivam também a Campo Aberto e outras notáveis associações como a April (entre muitas que conheço menos bem: a participação e transparência é o futuro em que nós participamos; o fechamento e a decisão inexplicada de um por todos tem os dias contados).
Mas isso não significa, obviamente, que a opinião de um grupo restrito, sem representatividade legitimada pelo voto, eventualmente de “elite”, consiga fazer vencer sempre as suas posições, como aconteceu com a defesa do Parque da Cidade, a defesa da Avenida da Boavista sem metro (pelo menos para já!?) e “deveria” ter acontecido com a Avenida dos Aliados, a Alameda de Azevedo (já alguém se deu ao trabalho de contar os carros que passam por lá?), etc., etc. Nem isso deve implicar, necessariamente, a formação de um movimento político de natureza partidária: partidos há que chegue e é ainda mais difícil aos novos que aos pré-existentes a mobilização, para debates ou outras iniciativas, sejam associados à construção de propostas, sejam para apoio à escolha das decisões. O que parece faltar é maior envolvimento de todos nas iniciativas que estes e outros promovem. Será culpa de uma elite? Por certo também; mas será culpa sobretudo de uma passividade cidadã que deixa aos que identifica como “elite” ou “políticos” as decisões e as opiniões, prescindindo até do voto.
Não interessa descobrir culpados, interessa cada um continuar a encontrar caminhos de mais activamente defender o que interessa mais justo e adequado no contexto onde se sinta mais útil: mundial, europeu, nacional, regional, metropolitano e local, mais alargado ou tematicamente especializado. Por mim continuarei procurar continuar a fazê-lo como sei e acho melhor, de preferência em matérias sobre as quais possa ter algum conhecimento que fundamente a opinião e a fazê-lo como cidadão, universitário e militante do PS.