De: Jorge Azevedo - "A propósito de Eventos!"
Eu começo a estar farto de EVENTOS! E porquê? Porque os ditos eventos ou interferem com a minha circulação, ou interferem com os meus ouvidos, ou interferem com o meu descanso! E porque raio se eu não quero participar nos eventos vêm eles "participar" comigo? Vejamos, a começar pelos mais recentes:
Festival Marés Vivas - Entre a Afurada e o Cabedelo. 3 longas noites e madrugadas, dos dias 17 (5ªfeira!), 18 e 19. Palcos montados, colunas a debitar milhares de decibéis de música, de grupos, segundo li, góticos e metálicos! Estamos a falar de ruído a sério até às 6 horas da manhã! Pareciam que estavam a tocar na sala de minha casa! E não moro nem na Afurada nem no Cabedelo!
Bike Tour - A brincadeira do costume, já bem dissecada aqui pelo Alexandre B. Inicia-se na Ponte da Arrábida, mas claro, vem desaguar à Foz!
Festival da Francesinha - Onde?... Na marginal do Porto... junto à Foz! Com muita música, muita cerveja, muita francesinha, muita gente e claro durante sete (7) dias!
As diversas Maratonas, inteiras, meias e aos quartos!
O mal amado Queimódromo - Todos os anos as cenas repetem-se: cidadãos que não conseguem descansar (quanto mais dormir) nas horas universalmente convencionadas para se descansar (24h-7h), cenas verdadeiramente chocantes e degradantes dos comas alcoólicos com os estudantes(!) a tombarem pelos cantos, cenas de violência gratuita, e música aos berros durante seis (6) dias a fio!
A Festa da Cerveja - Nas Palmeirinhas junto ao Jardim do Passeio Alegre - Com música evidentemente, e cerveja, muita cerveja, e comidas, alguma comida, e gente, muita gente! E isto durante, claro está, sete (7) longos dias!
A Festa do Artesanato - Onde? No Jardim do Passeio Alegre onde é que podia ser! Dez (10) longos dias e noites com muita música ("deixa-me cheirar teu bacalhau, oh Maria!"), muita comida, muita gente, muitos carros, muita Polícia a multar os carros, muita pancada e pouco, muito pouco ARTESANATO!
Já tenho um calendário onde vou assinalando as datas destes eventos e de todos os que forem aparecendo para que no ano seguinte eu, com o devido tempo, saia de casa e vá bater à porta de amigos, que moram longe dos eventos, e onde o IMI é mais baixo devido ao seu coeficiente de localização ser inferior, talvez porque não é considerada "zona de eventos", não sendo assim apanhado «à má fila»!
E estamos em crise! Que seria se não estivéssemos!?
Jorge Azevedo