De: João Pedro Gomes - "«O Bolhão empalhado» 2"
O post de Manuel Moreira da Silva é muito interessante porque coincide com uma metáfora e uma comparação riquíssima, que têm a ver com os "empalhamentos" e a sua falta de Carácter / Identidade, fazendo para isso a analogia com exemplos imagéticos nas artes. Concordo com Manuel Moreira da Silva. O Bolhão vai ter uma transformação demolidora que está expressa nas palavras do administrador da empresa imobiliária, bem como no projecto apresentado.
Estive em Lisboa, no auditório da Sociedade Portuguesa de Autores, sou lisboeta, e considero que ninguém nas suas reais faculdades se dirige para a praça pública em defender uma posição, "de solidariedade com a causa Bolhão" se não estivesse cuidadosamente informado, é o caso do Dr. Manuel Alegre. Juntamente com ele estiveram nomes de peso da cultura portuguesa, como o maestro Pedro Osório, o escritor José Jorge Letria, a arquitecta Helena Roseta, entre tantos outros nomes. É de facto uma causa nacional e é importante perceber que o Mercado do Bolhão é um exemplo entre muitos pelo país, que estão silenciosamente a ser apagados... A Cultura no Porto falou com mais determinação. É importante que existam mais iniciativas como esta pelo país, para que os Cidadãos tenham uma voz activa na Cidade.
O movimento cívico e estudantil publicou recentemente um post sobre ida a Lisboa, no site manifestobolhao.blogspot.com, registo-a aqui.
Um abraço,
João Pedro Gomes
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"O Património é uma causa Nacional. O Bolhão é uma causa Nacional.
O encontro no dia 3 de Julho, na Sociedade Portuguesa de Autores, reforçou a ideia de que a Cultura de um País será tão forte quanto mais forte for o diálogo entre os Cidadãos e as Instituições.
Desde já o encontro foi realizado num espaço belíssimo, sob o ponto de vista físico e simbólico.
A Sociedade Portuguesa de Autores, abriu-nos a todos, as portas, demonstrando com toda a determinação que a Simbiose Cultural entre as duas Cidades Porto e Lisboa pode ser feita de forma uno.
A Solidariedade para com o Património e em particular com o Mercado do Bolhão, foi sentido num auditório repleto, onde as palavras dos oradores, mantiveram o Sonho de tornar o Mercado do Bolhão reabilitado e não demolido, nem transformado num shooping center.
Estiveram presentes diversos Comerciantes do Bolhão, Cidadãos do Porto, Lisboa, estiveram ainda nomes como Manuel Alegre, José Jorge Letria, João Teixeira Lopes, Isabel Santos, Joaquim Massena, Helena Roseta, José Soeiro, Pedro Osório, Manuel Correia Fernandes, Abel Neves.
Uma acção que vai ser realizada brevemente, por parte da Plataforma de Intervenção Cívica do Porto, será uma audiência ao Senhor Ministro da Cultura."
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Nota de TAF: Não levem por favor a mal este reparo, mas em minha opinião quando se invocam valores culturais para defender o Bolhão não se pode ao mesmo tempo ter textos com português deficiente como este transcrito do blog em causa. Eu sei que é só um post, etc., etc., mas fica mal. Não se exige perfeição absoluta, apenas algum esmero.