De: António Alves - "A Linha do Tua: Histórias da ignomínia II"
Nuno Fernandes tem razão. Cometi um erro de cálculo e de redacção neste meu post. A Barragem do Tua é que representará apenas cerca de 3% da potência final instalada (7000 MW em 2020). Todas as novas barragens previstas para a bacia do Douro representarão cerca de 12% da potência final instalada. Pelo facto, apresento as minhas desculpas a todos os leitores do Baixa do Porto. Escrevi de memória e cometi um erro do qual me penitencio. O rigor acima de tudo. Há muita informação sobre este assunto aqui. No entanto, nada disto altera a questão de fundo e continuo a considerar que a Barragem do Tua representa uma ridicularia que não justifica de modo nenhum a destruição da paisagem e do património, assim como do potencial turístico que ambos representam. Aumentar a capacidade das barragens já existentes seria uma melhor opção.
“Em 120 anos de existência, a linha do Tua nunca tinha registado acidentes graves até 12 de Fevereiro do ano passado, quando descarrilou uma carruagem do metro de Mirandela por uma ravina de 60 metros para o rio, matando três pessoas. A linha esteve encerrada entre Abrunheda e o Tua durante quase um ano e foi alvo de diversas intervenções, tendo reaberto no final de Janeiro.”
O texto acima vem escrito aqui, o mesmo diz o presidente da Câmara de Mirandela (o único autarca que se bate pela preservação da Linha), e muitas outras pessoas e entidades. E é verdade. Eu, e muitos mais, julgamos muito estranha, demasiado estranha até, esta sequência de acidentes.
De novo as minhas desculpas pelo erro.