De: Vítor Pereira - "O Norte do Estado?"
Pelo que vejo dos últimos comentários a ideia da regionalização continua a correr-nos nas veias. A ideia de que ela poderá resolver todos os nossos problemas. Até já se fala do Dr. Rui Rio a primeiro ministro (PM). Sendo a esperança a última a morrer, não creio que a regionalização resolva grande coisa. Por várias razões, desde logo porque existem vários políticos que foram eleitos pelas gentes do Norte, Sul, Este e Oeste, mas apenas defendem a capital e o seu poder macrocéfalo. Há imagens que até náuseas me dão, uma delas foi ver o Dr. Fernando Gomes )antigo presidente da Câmara do Porto) na conferência de imprensa da Galp (aqui pode ser levanta outra questão, que não vem para o caso, que é a promiscuidade entre a política e o negócio). Em seguida porque ao regionalizar iríamos estar a criar pequenos centros de poder, decisão e desenvolvimento. Sendo que 10 são mais do que um, já seria melhor, contudo haveria sempre quem fosse prejudicado. Assim, mais do que regionalizar por regionalizar, importa definir em que moldes regionalizar e se regionalizar.
Quanto à atitude do Governo de vender parte da Quinta do Covelo à cidade do Porto, apenas me dá vontade de rir. Quando se espalha aos 7 ventos que a situação não é assim tão má, quando se cortam as torneiras aos municípios, quando se pede mais à população, quando o preço dos combustíveis sobe a cada dia, quando a natureza é cada vez mais importante, ..., o Governo quer vender espaços verdes e árvores ao município. Simplesmente hilariante! Será isto mais uma manobra de diversão? Já não chega a vontade de implementar portagens em volta do Porto, ainda quererem mais dinheiro para aplicar na sede do império? E nós como nos governamos? É óbvio que a Câmara mais tarde ou mais cedo terá que vender o terreno para empreendimentos imobiliários, de modo a poder ter verbas para gestão corrente e tentar fazer algum investimento e desenvolvimento da cidade.