De: TAF - "A reabilitação da ilha na Vitória - ponto da situação"
Mantendo-me fiel ao prometido, eis as últimas notícias sobre a "ilha" adquirida recentemente pela pequena cooperativa a que presido. A candidatura ao RECRIA tinha sido entregue no final de Fevereiro.
Na Segunda-feira passada, o Gabinete do RECRIA da Câmara Municipal foi realizar a vistoria ao local. Tal como anteriormente na Loja da Reabilitação Urbana, só posso dizer bem da "interface". :-)
Segundo os técnicos que connosco estão a estudar a reabilitação e também de acordo com esta vistoria mais recente, há perigo iminente de derrocada da fachada. Contribuindo decisivamente para isso estará a existência de uma laje construída clandestinamente (julgo eu...) ao nível do pavimento do 1º andar no imóvel contíguo, que está a sobrecarregar a parede de meação. Já se verifica uma saliência significativa na fachada principal, com fissuras profundas nas juntas. Estas anomalias, ao contrário das patologias detectadas anteriormente pela Divisão Municipal de Segurança e Salubridade (DMSS) em vistoria de 2006 (ainda o proprietário era outro), será grave.
Para resolver o problema é por isso indispensável uma intervenção também nessa propriedade vizinha. Assim, informámos a DMSS desse facto e solicitámos também que verifique o estado de segurança do pombal/arrecadação construído há já vários anos sobre o telhado na nossa propriedade, por iniciativa e para usufruto dos inquilinos da propriedade contígua, sem que haja conhecimento de qualquer autorização para esse efeito por parte dos anteriores proprietários ou da autarquia. O sistema de esgotos das casas de banho exteriores dessa mesma ilha vizinha interfere também negativamente na conservação do nosso imóvel.
Esta cooperativa não tem meios, antes de algum apoio financeiro proveniente de um programa de apoio à reabilitação, para fazer estas reparações nem para realojar os inquilinos que se encontrarão sujeitos à derrocada do edifício, pelo que pedimos à CMP rapidez na análise e que tome as medidas que achar adequadas a esta situação. Estamos disponíveis para estudar qualquer solução em coordenação com a CMP, com os proprietários do imóvel vizinho (que já contactámos e com os quais vamos insistir), e com os inquilinos de ambos os edifícios. A nossa preocupação mais imediata é garantir a segurança dos residentes e dos transeuntes. Pretendemos igualmente encontrar uma solução de reabilitação que preserve os interesses dos inquilinos, que garanta a viabilidade económica da operação aos proprietários, e que mantenha um enquadramento adequado nesta zona Património Mundial.
Estamos abertos ao estabelecimento de parcerias com investidores interessados em aplicar capital próprio, o que simplificaria o financiamento do projecto. Também não pomos de lado uma venda do imóvel se as condições forem razoáveis. Contudo, até agora o nosso plano base mantém-se: reabilitarmos nós próprios aquele espaço.