De: TAF - "A reabilitação da ilha na Vitória - ponto da situação"

Submetido por taf em Quinta, 2008-05-08 16:35

Mantendo-me fiel ao prometido, eis as últimas notícias sobre a "ilha" adquirida recentemente pela pequena cooperativa a que presido. A candidatura ao RECRIA tinha sido entregue no final de Fevereiro.

Na Segunda-feira passada, o Gabinete do RECRIA da Câmara Municipal foi realizar a vistoria ao local. Tal como anteriormente na Loja da Reabilitação Urbana, só posso dizer bem da "interface". :-)

Segundo os técnicos que connosco estão a estudar a reabilitação e também de acordo com esta vistoria mais recente, há perigo iminente de derrocada da fachada. Contribuindo decisivamente para isso estará a existência de uma laje construída clandestinamente (julgo eu...) ao nível do pavimento do 1º andar no imóvel contíguo, que está a sobrecarregar a parede de meação. Já se verifica uma saliência significativa na fachada principal, com fissuras profundas nas juntas. Estas anomalias, ao contrário das patologias detectadas anteriormente pela Divisão Municipal de Segurança e Salubridade (DMSS) em vistoria de 2006 (ainda o proprietário era outro), será grave.

Para resolver o problema é por isso indispensável uma intervenção também nessa propriedade vizinha. Assim, informámos a DMSS desse facto e solicitámos também que verifique o estado de segurança do pombal/arrecadação construído há já vários anos sobre o telhado na nossa propriedade, por iniciativa e para usufruto dos inquilinos da propriedade contígua, sem que haja conhecimento de qualquer autorização para esse efeito por parte dos anteriores proprietários ou da autarquia. O sistema de esgotos das casas de banho exteriores dessa mesma ilha vizinha interfere também negativamente na conservação do nosso imóvel.

Construção clandestina sobre o imóvel

Esta cooperativa não tem meios, antes de algum apoio financeiro proveniente de um programa de apoio à reabilitação, para fazer estas reparações nem para realojar os inquilinos que se encontrarão sujeitos à derrocada do edifício, pelo que pedimos à CMP rapidez na análise e que tome as medidas que achar adequadas a esta situação. Estamos disponíveis para estudar qualquer solução em coordenação com a CMP, com os proprietários do imóvel vizinho (que já contactámos e com os quais vamos insistir), e com os inquilinos de ambos os edifícios. A nossa preocupação mais imediata é garantir a segurança dos residentes e dos transeuntes. Pretendemos igualmente encontrar uma solução de reabilitação que preserve os interesses dos inquilinos, que garanta a viabilidade económica da operação aos proprietários, e que mantenha um enquadramento adequado nesta zona Património Mundial.

Estamos abertos ao estabelecimento de parcerias com investidores interessados em aplicar capital próprio, o que simplificaria o financiamento do projecto. Também não pomos de lado uma venda do imóvel se as condições forem razoáveis. Contudo, até agora o nosso plano base mantém-se: reabilitarmos nós próprios aquele espaço.