De: David Afonso - "L€YA"

Submetido por taf em Sábado, 2008-04-19 22:36

O Grupo Leya - isto é, a ASA, a Caminho e a D. Quixote, por exemplo - não vai estar presente na Feira do Livro do Porto. Justificação: "O Grupo Leya não vai à Feira do Livro porque não temos interesse nela, nem a feira tem um volume de negócios que o justifique". E quanto à Feira do Livro de Lisboa: "depende de como irá ser organizada". O que é caso para perguntar o que raio vendem estes senhores. No PÚBLICO de sexta-feira, Manuel Alberto Valente dá a resposta: «Há uma tradição familiar de negócio do livro. Os outros dois grupos que estão neste momento no mercado português - o Explorer Investments e o Leya - não têm nada a ver com o livro. Estão no livro por mero negócio. O Explorer é um fundo de investimento e está no livro até ao momento de poder ganhar mais-valias com a venda das editoras que comprou e dizem-no abertamente; e o grupo Leya, embora o esconda, está na mesma posição. Está na área do livro até lhe surgir uma oportunidade boa de vender o grupo a qualquer comprador nacional ou estrangeiro».

É claro que o facto das Feiras do Livro de Lisboa e do Porto serem organizadas pela mesma entidade implica sempre uma clara desvantagem para o Porto. A Leya não deixará, apesar de tudo, de estar presente em Lisboa. Que fazer? Se tivéssemos a lata de exigir aos livreiros portuenses o impossível, a primeira coisa a fazer era um boicote (nem que fosse a título simbólico) aos produtos da Leya. A afronta devia-se pagar caro. Em contrapartida, podemos pedir o razoável e organizar uma Feira do Livro verdadeiramente do Porto em vez de uma extensão pobre da Feira do Livro de Lisboa. O actual formato já deu o que tinha a dar e estes mercenários já o perceberam.

PS: Quanto à Ponte Maria Pia: 1) A Refer tem as costas largas... 2) Uma pintura nova? Ena!

David Afonso
davidafonso @quintacidade.com