De: Luís Filipe Pereira - "Comerciantes"
Se o objectivo é discutir com os comerciantes (os primeiros interessados em resolver a situação actual de degradação do mercado do Bolhão), acham realmente que essa discussão deve ser feita na praça pública, contaminando o debate com interesses, que como se tem visto em diversas ocasiões, são divergentes dos interesses dos comerciantes do Bolhão? Imaginem que o senhorio do prédio no qual têm um escritório de uma empresa, decidia proceder a obras ou mesmo concessionar o dito espaço. Imaginem ainda que o dito senhorio, em vez de tratar de conversar directamente com o inquilino de forma tranquila e recatada, no sentido de se alcançar uma solução que seja, tanto quanto possível, do agrado de ambas as partes, decidia discutir essa questão na presença de jornalistas, de outras empresas concorrentes da vossa própria empresa, etc. Acham que isso seria uma situação normal?
Situação diferente é a questão da discussão do projecto de arquitectura que, mais uma vez relembro, terá de obter a aprovação do IGESPAR; do projecto de concessão; da tramitação política do processo, etc, etc, etc. Obviamente que todo esse processo tem de ser absolutamente claro e transparente, não se permitindo que possa haver aqui situações do tipo "casino de Lisboa". Agora é tempo de encarar toda esta situação com tranquilidade e seriedade, pois convém não esquecer que um mercado vivo é, em primeira análise um interesse dos comerciantes do próprio Bolhão. Será que não nos estamos a esquecer disso?
P.S. Será que alguém me sabe dizer aonde é que fica a banca do Arq. Massena e a do Arq. Correia Fernandes no mercado do Bolhão?!
Cumprimentos,
Luis Filipe Pereira