De: Pedro Aroso - "Alternativas?"
Antes do mais, permitam-se que saúde o regresso da Eng.ª Luísa Moreira ao nosso convívio. A qualidade das suas intervenções tem sempre o dom de animar estas tertúlias, como agora está a acontecer com o debate em torno de uma candidatura alternativa à Câmara Municipal do Porto.
Rui Rui sempre defendeu que o número de mandatos deveria ser limitado a 3. Como ainda vai no segundo, nada o impede de se recandidatar a um terceiro. E, assim sendo, pergunto se faz algum sentido falar de alternativas. O Dr. Francisco Assis, que é um homem por quem eu tenho grande admiração, percebeu isso há muito tempo, daí estar fora da corrida. Por outro lado, apesar do relacionamento de Rui Rio com a actual direcção do seu partido nunca ter sido bom, não acredito que Luís Filipe Menezes se atrevesse a puxar-lhe o tapete, trocando uma vitória certa por uma aventura de desfecho imprevisível. Não estou, com isto, a pôr em causa a escolha de Artur Santos Silva ou de Rui Moreira pois, qualquer um deles, seria uma boa aposta para a Câmara do Porto. Mas vejam o caso de Lisboa, onde a situação, pela sua gravidade, não é comparável à nossa. Mesmo aí, os partidos não foram capazes se se unir em torno de uma candidatura consensual. Nestas circunstâncias, e apesar do tema ser aliciante, esta discussão resumir-se-á sempre a um exercício meramente académico.
A menos que caia o “Carmo e a Trindade”, ou melhor, a “Torre dos Clérigos e a Casa da Música”, o meu voto vai para Rui Rio. É do domínio público que o critiquei muito durante o primeiro mandato, sobretudo na área da gestão urbanística, que paralisou por completo a nossa cidade, mas reconheço que tem sido feito um grande esforço para corrigir esses erros.