De: Ana Araújo / Fernando Dionísio - "Arquitectura Sustentável"
A procura de uma menor poluição no uso dos nossos abrigos (edifícios), leva ao aparecimento de novas noções, que alguns formulam novas directrizes, exemplo disso é o que designa por Arquitectura Sustentável.
No passado longínquo imitámos os animais que nos rodeavam, na forma de encontrar ou escavar abrigos, uma época em que éramos 100% ecológicos e com custos muitos baixos, a força física. Fomos evoluindo na construção dos abrigos, aumentarmos em número e os abrigos também, a quantidade destes tornaram-nos poluentes. Como a quantidade é um parâmetro intocável, resta-nos a qualidade para reduzir a poluição.
A poluição pode ser reduzida, nas formas que concebemos, no tipo de materiais que usamos, assim como nos consumos energéticos necessários para as nossas noções de vida e conforto. As soluções existem, a sua divulgação e aplicação é uma necessidade. A dificuldade está sempre na introdução da evolução, para que todos os intervenientes no imobiliário incorporem as soluções propostas. Soluções, que são pequenos passos, existentes isoladamente há décadas, e quando usados em conjunto tornaram os abrigos menos poluentes. A pergunta que surge é: porque é não foram aplicadas anteriormente!?
- - Eram novidades no passado, a novidade tem custos, por isso não se aplicavam. Esse custo evitou a massificação.
- - O futuro Habitante, pouco sensibilizado, não exigia dos Promotores Imobiliários esta premissa, e estes não as equacionavam pelo custo. Sendo este sempre um parâmetro importante para o utilizador final, com a qualidade ecológica imposta por lei, a massificação de técnicas existentes vai tornar os custos acessíveis para os utilizadores.
Os agentes deste sector comportam novas necessidades, e agora aplicam a expressão de “Arquitectura Sustentável” como norma de marketing, e não como noção de intervenção. Eis que pouco nos diz esta expressão, serve para todos imaginarem ser “sabe-se lá o quê!?”, e para todos quererem comprar.
Ana Araújo / Fernando Dionísio