De: Paulo Duarte - "Ao Dr. Lino Ferreira"
Caro Dr. Lino Ferreira
Enalteço a sua resposta. Com excepção de algumas insinuações (cujo alcance, decerto por ingenuidade minha, não atinjo), parece-me contribuir para, de vez, desfazer as mistificações que me tinham causado a indignação suficiente para me compelir a falar publicamente do assunto (algo sempre melindroso para um advogado, como sabe). O meu post e a sua resposta, segundo creio, permitirão que os munícipes possam formar uma opinião mais esclarecida a respeito do processo que está em causa, liberta de equívocos e deturpações. Estamos ambos, pois, de parabéns - passe a imodéstia. De resto, se alguma observação minha vier a ser infirmada por acontecimentos futuros, esteja à vontade para me vergastar com o merecido reparo. Também não sou dogmático, e gosto de abrir o peito à crítica e ao escrutínio da discussão.
Para terminar, e antes de remeter-me de novo ao silêncio, permita-me que sublinhe duas circunstâncias:
Em primeiro lugar, o meu post não se referia especificamente às suas declarações constantes da peça do JN. Referia-se a todas as declarações que aí aparecem reproduzidas, que não são apenas as suas.
Em segundo lugar, na referida peça do JN, colocada entre aspas, é-lhe atribuída a seguinte afirmação: "Vamos sentar à mesa com os requerentes e adequar os direitos que possuem à realidade da Avenida da Boavista e do Parque da Cidade. A Câmara tomou conhecimento da sentença e respeita a decisão."
Se o trecho não corresponde ao que efectivamente por si tenha sido dito, reconheço-lhe o direito de se indignar, e peço-lhe antecipadamente desculpa pela ofensa que possa ter-lhe causado.
Paulo Duarte