De: TAF - "Os energúmenos de S. Silvestre"
Saí de casa de carro há uma hora e tal. Voltei agora. A pé.
Nunca mais me tinha lembrado desta maldição cíclica das corridas. Mal cheguei a Zeca Afonso, logo vi o que me ia acontecer. Atravessei a custo a Constituição, já prestes a ser fechada pela Polícia, em direcção à Baixa. Tentei uma escapatória, fechada. Outra, fechada. Ainda outra, fechada. Fui por onde a Polícia me mandou, até ao Bonjardim (com sentido invertido em relação ao normal), até ficar encravado à entrada do Marquês. Pelo caminho ainda tentei estacionar para me livrar do carro e fugir a pé. Nada feito, não havia lugares para estacionar.
34 (trinta e quatro) minutos parado à entrada do Marquês. Todo o centro da cidade cortado ao trânsito. E cortando as ruas principais, todo o resto fica absolutamente intransitável, com filas intermináveis. Já não espero que os responsáveis por isto percebam o desrespeito aos cidadãos que esta situação representa. O que não consigo realmente compreender é que se considere aceitável provocar um caos tal em que nem sequer ambulâncias ou carros dos bombeiros consigam circular numa área enorme da cidade!
Ao fim dos 34 minutos a ver uns desgraçados a correr ao fundo da rua, a Polícia abriu parcialmente a passagem e furei até às Antas, evitando no caminho voltar à esquerda e à direita porque o panorama continuava muito mau. Passando "ao largo", acabei por deixar o carro na zona do Covelo e voltar a pé, porque o acesso à minha rua continua cortado. Lindo. Estou seguro de que para o ano há mais.