De: Daniel Rodrigues - "Agentes políticos"

Submetido por taf em Terça, 2007-12-18 15:45

Afinal parece que o estudo não está disponível, nem para cidadãos, ou sequer para os deputados eleitos pelos cidadãos. Tudo o que se continua a saber é que custa 1,5 mil milhões de euros e propõe uma linha circular. O Metro do Porto tem tido sucesso a envolver os portuenses neste desígnio da (grande) area metropolitana. Que tal dar o próximo passo, e partilharem "brain-stormings" com a populacão?

Por exemplo, que tal criar sinergias com um dos accionistas da MP S.A. (CP) e criar uma linha Espinho-Matosinhos em comboio e, em vez de uma linha circular interna, ter uma linha circular externa, mais barata e integradora? E, por exemplo, copiar os bons exemplos da maior parte das cidades europeias que apostam na coexistência de eléctricos históricos para inglês ver, com verdadeiros eléctricos modernos (muitos exemplos aqui), em vez de linhas subterrâneas que dissociam os cidadãos da sua cidade?

Não é impossível e, a meu ver, seria sensato. A tal linha circular (que gostaria de analisar mais a fundo em termos vantagem/custo a partir do momento em que o estudo esteja disponível) poderia ser criada à superficie. Os cépticos poderão contrapor que o automóvel não pode coexistir. Digo-lhes que já têm as provas: a linha de tram à superfície já existe: de S. Bento a João de Deus, da Senhora da Hora a Matosinhos, coexistindo com o tráfego automóvel e pedonal. Dir-me-ão que os padrões de tráfego são muito diferentes. Eu direi que tal linha alterará esses padrões (a Avenida da República em Gaia é exemplo a esse respeito). No entanto, esse sistema teria de ser ligeiramente diferente do já existente, para permitir uma partilha de canal com, pelo menos, o autocarro. Não é impossível, de todo.

Resta-me insistir para que os estudos estejam disponíveis! Tanto se lutou aqui pelo Norte para que os estudos do Novo Aeroporto de Lisboa fossem partilhados, sejamos exemplares nos assuntos que nos dizem respeito. E sim, a Metro do Porto ainda é uma empresa de capitais públicos, e a Faculdade de Engenharia parte da Universidade do Porto, e com obrigacões de ser transparente para com a sociedade (não obstante, evidentemente, consultoria a empresas privadas com dever de confidencialidade expresso, o que não é o caso).

Melhores cumprimentos
Daniel Rodrigues