De: TAF - "Norte 2015"
Acabei de chegar da audição regional sobre o Norte 2015. Aqui ficam umas rapidíssimas impressões (o tempo não dá para tudo…), retribuindo de algum modo a amabilidade da CCDRN ao convidar-me. Como habitualmente, darei mais ênfase ao que me pareceu menos feliz, o que esteve bem esteve bem. :-)
Tratava-se de expor as conclusões do trabalho desenvolvido desde 2005 para definir estratégias e meios de as concretizar, abrindo agora mais uma oportunidade de participação da sociedade civil neste processo. (Honra seja feita à CCDRN, a preocupação com a participação pública tem sido muito positiva.)
Foi uma apresentação genérica, clara quanto baste, mas sem entrar em grandes pormenores. Aliás, de tão genérica que foi, quase não havia como discordar… Carlos Zorrinho, por exemplo, apresentou durante 30 minutos a Estratégia de Lisboa e reservou apenas os 3 ou 4 finais para entrar muito ligeiramente na concretização. Cristina Azevedo fez uma boa comunicação, muito sucinta, caracterizando a região e apresentando a visão estratégica do Norte 2015. Quando estava precisamente no ponto em que ia realmente interessar, ou seja, os pormenores de implementação que são propostos, dado o adiantado da hora resolveu terminar ali a apresentação que tinha preparado. Foi pena.
Os princípios e propósitos apresentados são consensuais, julgo eu, e não suscitaram contestação. Apareceram algumas dúvidas, como o modelo de gestão mais ou menos desconcentrado, e a possibilidade de a sociedade civil participar na própria gestão/implantação dos futuros programas. Não houve respostas definitivas, até porque a ideia era apenas auscultar o sentimento da região.
Na parte final houve algo que eu não percebi de todo. Carlos Zorrinho, em resposta a um comentário queixando-se da falta de informação sobre as medidas concretas a tomar, afirmou que o que se pretendia era saber a opinião das pessoas sobre se “as decisões que já têm vindo a ser tomadas todos os dias” estão ou não de acordo com a estratégia que ali tinha acabado de ser divulgada. Ou foi do meu cansaço de final de tarde que me fez perceber mal, ou foi do dele, mas isto não faz sentido nenhum! Afinal o objectivo não era preparar a futura actuação, debatendo o que ainda está por fazer?
Os documentos relevantes estão disponíveis online.
PS: Começar a sessão com atraso de meia hora é péssimo sinal. Apoio o protesto que Virgílio Folhadela lá fez publicamente. Sem rigor nem disciplina ninguém nos leva a sério.