De: TAF - "Pura especulação: onde é que eu já vi este filme?"

Submetido por taf em Sexta, 2007-12-07 18:47

A Festa de dia 4

A Festa de dia 4


Permitam-me um exercício construtivo de pura especulação sobre o futuro próximo pós-festa. São reflexões pessoais que partilho com quem tiver a paciência de me ler.

O evento teve indiscutível mérito e é um exemplo do poder da sociedade civil. Já aqui escrevi a minha opinião sobre isso. Apareceram, ao que consta, inúmeras ideias para explorar. Agora vão comecar os problemas... É preciso que os organizadores se reúnam para fazer o balanço e meditar sobre este património. Estamos próximo do Natal, não se vai conseguir encontrar agenda que sirva a todos. Vai ficar adiado para o ano. Depois é princípio do ano, há sempre alguns que não podem, vem o Carnaval, etc., etc. Além disso alguns ficaram desanimados porque contavam com uma multidão, se calhar não vale o esforço, são todos pessoas (verdadeiramente) muito ocupadas, ... E vai arrefecendo o ânimo.

Um primeiro conselho: faça-se uma "reunião permanente virtual" . Não sendo viável um "plenário", encontrem-se independentemente em pequenos grupos, escrevam mails e publiquem posts. Isso permitirá, aliás, alargar o grupo a quem quiser/puder colaborar. Sociedade Aberta, certo?

É preciso não perder esta oportunidade! Há vontade, há necessidade. Mas é exigido muito tempo de trabalho, não haja ilusões. Quem tem a vida profissional já muito programada e preenchida, seguramente não vai poder oferecer um nível adequado de dedicação. Daí outra sugestão. As pessoas que estavam ligadas à FDZHP encontram-se agora provavelmente "semi-desempregadas". Pois bem: elas próprias que activamente procurem juntar os meios necessários para criar a tal pequena estrutura profissional (da qual obviamente fariam parte) que dê a este movimento a solidez que ele não pode dispensar.

Voluntarismo a mais dá mau resultado porque não é sustentável. Iniciativas destas devem submeter-se aos princípios de uma gestão saudável, quer quanto a orçamentos, quer quanto a recursos humanos, quer quanto a planeamento e avaliação de actividades. É a altura ideal para assumirmos plenamente, de forma eficaz, as nossas responsabilidades de cidadãos do Porto, pensando e trabalhando em conjunto. Os tais 500, ou 1000. Ou 100, ou 20, ou 11. Os que forem.

Meditações para fim de semana. :-)

PS - Álvaro Gomez-Ferrer Bayo:
- Centro histórico deve ser "motor de outras mudanças"
- Devia haver uma entidade focada no centro histórico do Porto