De: Cristina Santos - "Descrédito do crédito, que crédito é esse?"
Para começar e em resposta ao Tiago, a Festa foi um sucesso, teve difusão em todos os canais, incrível o poder de dinamização que este grupo de cidadãos teve. Penso que a partir de agora ninguém se atreverá a deixar de comemorar esta data. Os jornalistas enfim, iam em busca de críticas estridentes, mas todos estiveram à altura de dizer que se tratava de um festejo, não de uma afronta. Os meus sinceros parabéns, o Porto esteve muito bem.
Quanto ao meu amigo Hélder, devo dizer-lhe que até hoje ainda não me decidi sobre um eventual partido onde me possa filiar e intervir directamente. Não votei Rui Rio, votei Rui Sá para equilibrar a balança governativa, tinha a perfeita noção que Rui Rio ia ganhar, a minha intenção era evitar a maioria, não correu bem, o povo escolheu este Executivo sem hesitar. Assim, e tendo o povo escolhido democraticamente, tanto quanto estiver ao meu alcance, tudo farei para apoiar a cidade no que ela precise. Precisa de verba para gerir um programa que integre os arrumadores, pois sim senhor concordo, e espero que o povo se mobilize e ajude o Executivo a pressionar o Governo nesse sentido. No Centro Histórico também acho que as maiores responsabilidades são do país. Património Mundial da Humanidade: só isso diz tudo sobre a responsabilidade de cada um.
Faltará pouco tempo para novas eleições e provavelmente para mudança governativa, se assim acontecer cá estarei para elogiar quando tiver de ser e para criticar quando achar conveniente. Nunca ultrapassei os limites daquilo que considero ser minha obrigação, por isso não mereço louros, e não compareço se alguém mos quiser entregar, retire lá isso do Teixeira, porque o senhor ainda fica ofendido. Além de que poderia dizer o mesmo de si, associando a sua posição à oposição, mas não faço, sei que o Hélder é honesto e bem intencionado.
O Porto tem de momento muitos inimigos entre os cidadãos indiferentes, que insistem em destronar a cidade, em criticá-la em deitá-la a abaixo, em vez de a ensinarem aos filhos, aos amigos, aos visitantes. De momento a minha obrigação aqui pela Baixa é derrotar os derrotistas, estão a prejudicar, a pintar um quadro negro, que quando comparado ao quadro do panorama nacional não tem encaixe. Concordo que critiquem, que queiram e lutem por mais e melhor, mas não é preciso arrastar-nos na lama, constantemente. Já basta que os outros o façam, falam de nós, o que nós falamos de nós próprios, e o resultado é o que se vê. Não tem lógica acreditar na cidade, desacreditando-a. Não serve, não ajuda, peço desculpa.
Acredito na cidade, nas gentes, no centro Histórico, muitos acreditam, e quando muitos acreditam a obra nasce, basta que todos façam um esforço nesse sentido.
Um abraço Hélder,
Cristina