De: José Silva - "Planamento estratégico da AMPorto: Omeletes sem ovos"
Pois é José Pedro Lima. Não adianta reclamar por Rivoluções culturais, cinemas na cidade, elécticos na Baixa ou outras causas que movem e preocupam os actores do «cluster» imobiliário da AMPorto, se não há suficiente animação da economia local. Não perceber que enquanto esta não arrancar, tudo o resto (procura de Cultura, resolução de problemas sociais dos bairros, disponibilidade para comprar arquitectura de qualidade) não arranca é como tentar fazer omeletes sem ovos. Mesmo os contabilistas das autarquias deveriam perceber isto... Também não adianta pressionar os nossos políticos se eles estão reféns da comunicação social de Lisboa e esta refém da oligarquia centralista, que por sua vez manda na administração central e esta na ANA. Ao nosso ritmo (infelizmente), perceberemos a inevitabilidade de um partido regional ou afim.
PS: Como explico aqui, as obras do ASC foram feitas para show-off arquitectónico e prejuízo operacional. O desconto pedido pela Ryanair pode trazer mais turistas mas vai dar prejuizo à ANA, que tem que ser pago por todos os contribuintes enquanto não é vendida a empresários lisboetas sem coragem para se envolver em negócios com concorrência internacional, como todo o Norte faz. Um grande nó, que ainda fica mais complicado se se considerar que a procura de transporte aéreo está directamente relacionada com o crescimento dos PIB dos mercados emissores, sendo que as previsões de recessão para o resto da Europa no próximo ano começam a ser maioritárias. Enfim, assim se vê o que é o planeamento estratégico da AMPorto.
José Silva - Norteamos