De: Pedro Aroso - "Decisão acertada"
Eu não conheço o projecto da Quinta da China. Não sei se é bom ou mau. Sei apenas que o seu autor foi meu colega e que o tenho na conta de um bom arquitecto. Mas, como diria a Teresa Guilherme, "isso agora não interessa nada" e explico porquê:
1. O projecto foi elaborado de acordo com um PIP (Pedido de Informação Prévia), aprovado pelo Eng. Nuno Cardoso, então presidente da Câmara do Porto.
2. O Arq. Ricardo Figueiredo não gostou da volumetria mas, como sabia que não podia chumbar o projecto, negociou, e bem, a sua redução.
3. O Dr. Paulo Morais fez tábua rasa de todos os compromissos assumidos anteriormente e indeferiu o projecto, como se vivêssemos na República das Bananas.
4. A empresa construtora recorreu ao Tribunal e, como Portugal ainda é um Estado de Direito, a decisão deste só podia ser uma: obrigar a CMP a indemnizar o proprietário pelos prejuízos que todo este imbróglio lhe causou.
5. O Dr. Lino Ferreira pode não perceber nada de Urbanismo, mas revelou lucidez e uma grande coragem ao propor a aprovação do projecto, transmitindo a ideia que a Câmara do Porto é uma pessoa de bem e uma instituição que sabe respeitar a lei.
Pedro Aroso