De: Pulido Valente - "Freixo"
Fui ver a exposição e vi o Palácio. Verifiquei que a autarquia dispôs do património de todos a favor de um investidor. Não percebo como isto pode acontecer. Tanto mais que faz(ia) parte do património municipal que julgo inalienável sem uma hasta pública depois de consulta pública, aprovações várias etc.
Mas aqui não se trata de saber se a lei foi cumprida. Trata, isso sim, de saber qual é o interesse do Porto - seus habitantes - na concessão de uma peça do nosso património a quem quer que seja.
Parece que o vereador da cultura não se insurgiu com esta facada no património. Também é certo que as forças vivas que às vezes berram, para serem vistas e ouvidas (mamã estou aqui!), em casos muito menos graves não se foram acorrentar às grades do Palácio ou promoveram uma providência cautelar para impedir a alienação temporária/definitiva?.
Enfim não há quem tenha imaginação para tornar útil aquele equipamento para o maior número de pessoas, isto é: a cidade e o país. Fica destinado aos que vão frequentemente a locais semelhantes no estrangeiro e a meia dúzia de snobes da classe média. Os outros foram espoliados.
JPV