De: Cristina Santos - "Não resisto ao Rui Valente"

Submetido por taf em Terça, 2006-05-23 18:20

Caro Rui Valente

O amigo está permanentemente a reclamar da falta de acção e excesso de filosofia, mas a acção só vem depois de encontrada a devida filosofia, a revolução só por si não soluciona os problemas.

Este amontoado de opiniões que aqui se lançam diariamente um dia servirão para encontrar resoluções menos prejudiciais. Ao ler sensibilizamo-nos para várias problemáticas, que são tidas em linha de conta conforme o grau de importância que representam para cada cidadão, mas que contribuem para a acção final, nem que essa acção seja apenas decidir sobre um programa eleitoral que nos apresentam.

Estamos a tentar fazer um exercício público, muito do aqui é publicado já é do conhecimento dos intervenientes públicos, de alguns civis, mas o que se pretende é divulgar, informar, para que numa eventual mudança as pessoas se socorram de vários pontos de vista, para tirar as suas ilações finais.

Ou o amigo quer uma revolução de desinformados?

Cada um contribui com os seus pensamentos, saber, ideias e não pode ser acusado de inoperante, porque se muitos dos que sabem, têm conhecimento, preparação e hipótese de saber mais, partilharem com aqueles que não dispõem dessas possibilidades, ficaremos todos mais capacitados para decidir e preconizar uma revolução se não formos atendidos no nosso interesse comum.

Como é possível fazer uma revolução se não existir informação, contacto, troca de opiniões, será que a revolução nasce assim da revolta pessoal de cada um, vamos todos para a Rua sem objectivo, dirigidos por duas ou três palavras de ordem que soam bem ao nosso espírito?! – isso é bom é para os sindicatos e para causar desilusões.

O Rui continua com a sua acção que será tida em linha de conta no momento devido, até lá não nos chame inoperantes, porque a sua ideia não resulta sem um bom trabalho de fundo.

Já o imortal Vítor Hugo dizia que «As revoluções, como os vulcões, têm os seus dias de chamas e os seus anos de fumaça».

M. cumprimentos
Cristina Santos

(e não me atire com o naif senão vai entender o verdadeiro termo de uma revolução sem plano estratégico)