De: Manuel Moreira da Silva - "Uma proposta visionária e uma oferta de compra"
Gostaria de partilhar a pérola que encontrei por acaso em conversa com um amigo.
Até estou curioso para saber como é que a empresa espanhola que fez este mapa "inventou" esta solução de remate da nossa "nova alameda" (como lhe chama, romanticamente, o Diário de Notícias). É importante ver bem isto, porque a solução que se desenhou provavelmente obriga a uma solução deste tipo, com passagem superior/inferior como se de uma auto-estrada se tratasse... Parece que quem tem obrigação de gerir não aprendeu nada com a lista interminável de asneiras que se fizeram à custa do plano Auzelle no centro da cidade e ainda estão à espera de o conseguir terminar... até o Auzelle deve estar a dar voltas no caixão.
Manuel Moreira da Silva
P.S.: Caro Miguel Barbot
É conveniente que se deixe o jardim da Cordoaria ao abandono e sem luz, porque assim fica demonstrado o falhanço da Porto 2001. O mesmo está a ser feito com a Marginal da Avenida Montevideu, com o Palácio do Freixo, que têm em comum o facto de serem obras do tempo do PS. Eu preferia pensar que eram obras do Camilo Cortesão, do Manuel de Sola-Morales, e do Nicolau Nasoni/Fernando Távora (e, obviamente, de toda a equipa que com eles trabalhou), que são gente por quem a Câmara deveria ter respeito (se não por eles, pelo menos pelo seu trabalho). Mas a lógica da política dos nossos dias, num país cada vez mais falido, obriga ao destaque por oposição (pelo menos aparente) e as obras não são terminadas (Freixo), os projectos são alterados (Carlos Alberto) ou não são mantidas (Cordoaria, Marginal). E quase metade do rendimento do trabalho de cada um de nós é deitado ao lixo - ciclo eleitoral atrás de ciclo eleitoral. (Quando tiver um milhão de euros, vou pedir uma reunião à Câmara para ver se me vendem o Jardim da Cordoaria ou a marginal da Avenida Montevideu)