De: João Medina - "Cordoaria - faça-se luz"
Mais uma vez... o jardim da Cordoaria.
Independentemente de discussões sobre opções estéticas e gostos pessoais, um dos objectivos conseguidos da intervenção no Jardim da Cordoaria foi o da sua reabertura à cidade. O jardim era isolado da cidade, sendo frequentes os actos de marginalidade e os assaltos. Com a intervenção, foi retirada alguma da vegetação mais densa, foi aumentada a visibilidade, colocaram-se os carris à espera do eléctrico, e foi implantado um sistema de iluminação que lhe dava vida e uma maior sensação de segurança mesmo quando a noite caía.
Esta iluminação encontra-se desligada de há muito tempo para cá. Aliado ao evidente abandono do jardim, isto faz com que a utilização desta área nobre da cidade seja reduzida ao mínimo e os problemas de marginalidade voltem a surgir.
Com o Piolho a rebentar pelas costuras, com os restaurantes típicos que o rodeiam e até com algumas iniciativas culturais seria de esperar que o jardim tivesse uma frequência viva e dinâmica, mesmo (ou sobretudo) de noite. Mas não. Ninguém se digna a carregar no interruptor. Se a Câmara do Porto se pautasse pela transparência que tanto proclama, ficaríamos a saber porque é que não acendem as luzes ou (em caso de avaria ou material danificado) quando é que isso vai acontecer.
João Medina