De: Pulido Valente - "Nun'Álvares"
Depois de mais alguma informação sobre o projecto e saindo da discussão pública venho acrescentar o seguinte;
1 - Uma avenida com origem na Boavista e fim na Pr. do Império não faz sentido. O Auzelle previa que ela continuasse tanto para Matosinhos (onde não podia projectar) como em direcção ao centro
- 1.1 - mas isso foi há cinquenta anos;
- 1.2 - daí para cá as coisas mudaram muito e as condicionantes já não são as mesmas, pelo que se deve pôr em causa a ideia de uma avenida.
2 - Enquanto não houver uma solução para a circulação automóvel vinda de (e ida para) Norte, o que se deve fazer é estudar aquela área de cidade como expansão da zona residencial a que pertence;
- 2.1 - passar para prédios/caixotes para empacotar pessoas é um grave erro que levará centenas de anos a corrigir.
3 - Para resolver o acesso dos automóveis há que distribui-los por várias artérias, não necessariamente de sentido único como se preparam para fazer com a Diogo Botelho e à que lhe fizeram paralela - estreitinha para não tirar área ao Altis -.
- 3.1 - A Diogo Botelho foi reduzida na sua largura pela implantação das paragens de autocarro com a criação de alguns lugares de estacionamento para ajudar a resolver o estacionamento da Católica - que tem estacionamento insuficiente para as suas necessidades -, e com um só sentido Norte/Sul não vai permitir fácil acesso à Foz Velha para quem venha do Sul, já que a outra via não tem muitas ligações à D.B. e ainda não tem prolongamento para Sul que não sei como será possível fazer. Vai acabar por entrar na zona das moradias da Escola Francesa ou nos bairros da Pasteleira sem conseguir chegar em condições ao cruzamento de Lordelo (Junta, Igreja, saída para a auto-estrada etc.) de onde só tem o Campo Alegre, já com duas mãos de trânsito, para continuar. Não consultei o PDM.
Há, portanto que estudar um sistema de trânsito que permita a circulação motorizada por várias artérias de expressão citadina e não de auto-estrada pois já estamos praticamente nos centros da cidade (que tem já dois: a Baixa e a Boavista).
Insisto em que se a CMP não arrepiar caminho vai estragar aquela zona sem qualquer benefício só por falta de meios técnicos capazes. Por que bulas haveríamos de desenterrar uma ideia de há 50 anos que nunca teve pernas para andar? Se os técnicos não são capazes de ter ideias de hoje, os políticos DEVEM proteger a cidade e não podem encostar-se a escolhas destas só porque não percebem nada disto. Eticamente será uma falta gravíssima se assim acontecer.
Comissão de acompanhamento do presidente da Junta: ajude a fazer ver que remendos não podem ser aceites se queremos ficar de bem com a nossa consciência e com a História. O caso é mesmo muito grave.
Ó Jorge Gigante a falta que cá fazes!!! Sempre fizeste.