De: Alexandre Burmester - "Notas..."
Nota 1 - Violência
A violência aumenta na directa proporção, da educação, da cultura e do consequente decréscimo da qualidade de vida. Assim vai a nossa sociedade.
Os poderes públicos e as suas instituições que tem responsabilidade na segurança, e que neste caso são todos porque a responsabilidade é repartida pelo poder Político, o poder Judicial e o poder Executivo, não se entendem, mudam constantemente, e têm uma capacidade adaptativa igual à velocidade do caracol. O resultado é que a cada dia que passa mais se afastam da realidade, mais repartem responsabilidades, mais se cai no vazio do poder, e o resultado é o aumento da insegurança e da impunidade.
Um dia destes e não tardará muito estaremos a assistir à população organizar-se em esquemas de vigilância, contratação de serviços próprios, ou até mesmo em Esquadrões de repressão e de justiça. Pouco estará a faltar.
As razões pelo que se ouve são muitas. Não se restringem ao Porto, e já foram identificadas muitas vezes:
- - Falta de meios técnicos e humanos;
- - Excesso de procedimentos burocráticos administrativos;
- - Contínua teimosia de não permitir trabalho de civis em cargos administrativos.
Acrescentaria mais duas razões, que normalmente não são invocadas:
- - Estruturas militarizadas tribalizadas e cheias de pequenos poderes e mordomias, nas quais ninguém quer ceder, nem partilhar um pouco do seu “poderzinho”;
- - Excesso de estruturas – Policia de Segurança Pública, Policia Municipal, Guarda Nacional Republicana. Policia a mais e policias a menos.
Nota 2 – Despesa pública
Agora que já trabalhamos, segunda consta de estudo hoje apresentado, os dias necessários para pagar a despesa do Estado, dos poucos que restam dada a existência de feriados, pontes, férias e os sempre direitos que haverão de acrescentar mais alguns dias a não fazer nada, vamos poder finalmente criar riqueza.
Será que isto é a sério? Ou será que alguém algum dia vai mesmo entender que temos é Administração pública a mais?
Nota 3 – Rui Rio – Promessas eleitorais
Caro Paulo Espinha, promessas são promessas e são sempre fáceis de justificar quando não são cumpridas.
Basta para isso depender de terceiros. Todas as promessas do Rui Rio que são relatadas no teu post, dizem respeito a outras entidades que não só a Câmara, logo se não houver cooperação, o Sr. Presidente dirá que cumpriu o prometido, mas que infelizmente a culpa não é sua porque os outros apenas não colaboraram. (São os famosos “perseguidores”)
Alias o “Efeito” vem neste caso mesmo do “Defeito”, porque é o “Feitio".
Alexandre Burmester