De: Cristina Santos - "Segurança"
Depois de mais um crime cometido por um Jovem portuense em plena luz do dia, penso que é altura de começar a pensar num plano de segurança alargado.
- Esquadras Policiais:
As esquadras desta Cidade estão cheias de polícias administrativos, para que servem tantos administrativos se não conseguem despachar uma queixa em menos de um ano?
Das duas uma, ou a burocracia ultrapassa o número de crimes e delitos, ou os nossos polícias andam a esconder-se por detrás de uma incompetência que os obriga a dispor de 2 Agentes para redigir um auto num computador.
Em certas esquadras não há lugar para um munícipe apresentar queixa, o espaço está repleto de polícias de volta de computadores maravilhados com a nova tecnologia; em compensação em frente às mesmas não vemos sequer um agente dissuasor, pergunto-me quantas mãos são precisas para escrever um documento «chapa 5» e quanto custa isso?
Foram transferidos 3 mil polícias para o sistema administrativo?
Não conheço nenhuma empresa ou instituição em que o número de administrativos ultrapassa o número de técnicos, depois não entendo como é que tantos administrativos não conseguem organizar ficheiros sobre criminosos, repare-se que antigamente o criminoso era identificado pelo modus operandi, hoje em dia só é apanhado em flagrante delito, a polícia não tem autorização para consultar impressões digitais, não tira apontamentos nos locais dos delitos... A polícia não serve o combate ao novo crime.
Metade destes polícias têm que ser obrigados a sair para a Rua pelo menos enquanto se mantiver este clima de instabilidade.
- A Polícia Municipal
O Executivo apresentou a ideia de atribuir outras funções a este departamento, o que é excelente, com um pouco de formação e de autoridade concedida excepcionalmente estes senhores poderão dissuadir os pequenos delitos, combater o vandalismo e suster a acção revoltosa dos mais jovens.
- O cerco da Cidade do Porto
A Cidade está cercada por bairros e zonas que potenciam a marginalidade, com criminosos cada vez mais jovens, a sociedade média teme pelo futuro dos seus filhos criados neste ambiente de constante reboliço. Com o atraso na recuperação do edificado, na sedentarização de uma sociedade mais equilibrada e distribuída e dada a condição natural de cidade, cada dia que passa é um ano a mais para inverter a tendência.
Este flagelo é mais visível de há dois anos para cá, tende a agravar-se, passaram-se 20/25 anos sobre os bairros e as questões sociais…