De: Hélder Sousa - "A reabilitação e o investimento privado"

Submetido por taf em Terça, 2007-07-17 20:20

Escrevo sobre este assunto, não porque o domine, mas porque eu sou um investidor privado que quer reabilitar a parte que me diz respeito nesta cidade e não posso, porque não me deixam!

Ou seja: tenho uma casa centenária, quero recuperá-la, tenho um projecto na CMP há longos meses (já alguém processou a CMP por incumprimento de prazos nas respostas aos pedidos de licenciamento?) que não ata nem desata e tenho que lá me deslocar (ao Gabinete do Munícipe) para saber que o processo está em análise, sempre no mesmo sítio… é que por telefone não falam e por e.mail as explicações são parcas…

Se a reabilitação é prioridade, porque é que não despacham a porra do processo dentro dos prazos legais? E se eu processar a CMP pelos prejuízos que me tem causado? (Preciso de viver noutra casa, tenho juros para pagar há imenso tempo sem usufruir da casa que comprei… para não falar dos prejuízos sociais, psicológicos e profissionais que tenho por viver num local menos conveniente em regime temporário…) Mas claro, eu sou um pequeno investidor, a minha casa é só para mim e não tem uma intervenção ‘ao nível do quarteirão’ como se gosta de dizer por aqui. Também não conheço (nem quero) conhecer ninguém na CMP para dar um jeitinho e, como se vê, acho que o presidente da CMP é... * Só coisas boas, portanto!

Sugiro que toda a gente que tem processos atrasados comece a pensar seriamente em processar a CMP, desde o seu presidente até ao incompetente funcionário que demora mais do que o tempo necessário para fazer o seu trabalho! E se o senhor vereador (que teve a lata de dizer que os despachos dos processos estavam dentro dos prazos) ler isto e continuar a não fazer nada, também merece ser processado! E mais: processar a CMP usando o escritório de advogados que a CMP usa para processar jornalistas, só para irritar!

* Um amigo aconselhou-me a não incluir uma frase bonita e poética aqui. Disse-me que quebrava o ritmo do texto! Eu fiquei triste porque achava que não é só o site da CMP que deve ter grande literatura, mas aceitei o conselho.